Pesquisar este blog

terça-feira, 7 de junho de 2016

Assembleia Legislativa presta homenagem à Confraria Tucuju pelos 20 anos de fundação


A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), através de sua vice-presidente, deputada Roseli Matos (PP), prestou homenagem à Confraria Tucuju, na sessão desta terça-feira (07). Além da leitura de uma moção de apoio pelos 20 anos de fundação da instituição, de autoria da deputada Roseli, durante o Grande Expediente, foi cedido espaço para pronunciamentos de membros da Confraria, que discorreram sobre as atividades da instituição e o resgate que ela vem fazendo no âmbito da cultura e da história do povo amapaense.
O primeiro a se pronunciar foi o radialista J. Ney, que elogiou a iniciativa da deputada Roseli Matos e parabenizou o presidente da Assembleia Legislativa pelas ações moralizadoras que vem tomando frente do parlamento. “Parabenizo o deputado Kaká Barbosa e todos os seus pares pela corajosa decisão de moralizar a Assembleia Legislativa, que vem melhorando a sua imagem institucional perante a sociedade. Como jornalista e radialista, tenho tido a oportunidade de observar isso”, enalteceu, para em seguida falar sobre o esforço que Confraria Tucuju faz no resgate da cultura amapaense. “Obrigado à deputada Roseli Matos por essa oportunidade. São 20 anos de uma instituição que tem lutado e batalhado bastante para preservar a nossa história, a nossa cultura, a nossa gente. O jeito Tucuju de ser, de todos nós”, enalteceu.
A presidente da Confraria Tucuju, advogada Telma Duarte, também agradeceu a homenagem e falou sobre a história e os objetivos da Confraria. “A melhor maneira de se festejar os 20 anos de nossa instituição é estar presente nesta casa e de constatar o respeito que todos os parlamentares têm por ela. É um trabalho árduo em prol na nossa cultura, da nossa história. Tudo começou há 20 anos, graças a coragem e ousadia de nossos pioneiros que abraçaram a causa e criaram a Confraria. Ela surgiu na calçada do “pastelito” pelas mãos do J. Ney, João Silva, professor Nilson Montoril e Mário Jucá. É confraria, porque é uma irmandade. E, é Tucuju, porque provem de uma tribo de guerreiros. Foi aí que começou a luta desses irmãos guerreiros pela cultura do nosso Estado. Em nossa administração tornamos a Confraria uma Casa de Cultura com as três premissas maiores de preservar o folclore, incentivar a arte e fazer a história”, sustentou, lembrando que o grande objetivo da Confraria, hoje, é o tombamento e restauração da igreja matriz de São José e a revitalização do Largo dos Inocentes. Emocionada, Telma prestou homenagem a professora Zaide Soledade, falecida recentemente, que era um dos mais ativos membros da confraria.
A deputada Roseli Matos, também se manifestou, na ocasião, para destacar o trabalho desenvolvido pela Confraria em prol da cultura e lembrou sua proposta de criar o Memorial do Legislativo. “Um povo sem cultura, é um povo história. É necessário sabermos de onde vimos, para sabermos aonde iremos. Este parlamento já existe há 25 anos e até hoje não temos nada que resgate a sua história. Semana passada entrei com uma proposta de criar o Memorial do Legislativo, com o objetivo de resgatarmos toda a história do Parlamento Amapaense e, dessa forma, oferecermos um legado para a posteridade. Que legado deixaremos à sociedade e a este parlamento, se não tivermos um memorial? De que forma nosso trabalho será registrado para a posteridade? ”, indagou.
O deputado Paulo Lemos (Psol), pediu aparte para criticar a falta de cumprimento de um compromisso da Assembleia Legislativa com a Confraria Tucuju, firmado na administração anterior da Casa de Leis. “ Aproveito o ensejo para desculpar-me publicamente com a Confraria Tucuju. Este ano, tive vergonha de ir na missa de aniversário da cidade, na igreja matriz, porque fui enviado pelo antigo presidente, o qual havia firmado um compromisso com a Confraria de que iria ajudar na reforma da igreja. Fiz a agenda, fomos para mídia, dei entrevista e, no final, fomos enganados. Não houve repasse de nem um tostão da Assembleia para a Confraria referente a essa ajuda. Por isso, espero que o compromisso firmado agora, seja cumprido. E sei que será, porque estamos vivendo um novo momento nesta casa”, desabafou.
O deputado Charles Marques também elogiou a Confraria, e a qualificou como a “guardiã da cultura amapaense”. “Se o STF é o guardião da Constituição, considero a Confraria Tucuju a guardião da cultura amapaense. Estamos perdendo muitos símbolos nossos. Precisamos constituir uma comissão para resgatar e preservar a história do Amapá. Já esquecemos que tivemos uma república. A do Cunani. E, o que restou dessa república”? Cadê as moedas que foram cunhadas aqui? Cadê o nosso acervo? Nossos jovens desconhecem isso. O Mazagão também tem uma rica história. Nossos irmãos, que vieram do Marrocos, antes de chegar ao Mazagão, estiveram em Vila Velha, no Oiapoque. Lá tem uma edificação antiga abandonada. A nossa história está se perdendo. Precisamos e temos a obrigação de ter orgulho do que somos”, enfatizou Marques.
A sessão foi prestigiada pela presidente da Confraria, Telma Duarte, pelo produtor cultural Zezinho Duarte, pelo radialista J. Ney, pelo professor Antônio Munhoz e pelo escritor Cesar Bernardo de Souza, entre outros.



Assembleia Legislativa do Estado do Amapá
Departamento de Comunicação – DECOM
Texto – Paulo Oliveira | Fotos – Gerson Barbosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MPE protocola dois projetos para reorganizar a estrutura e o plano de carreiras, cargos e remuneração de efetivos e comissionados

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Márcio Augusto Alves - acompanhado dos promotores de Justiça, Laé...