As comissões de Direitos Humanos e de Saúde da Assembleia Legislativa realizaram reunião conjunta nesta terça-feira, 8, para avaliar a visita às instalações do Hospital de Emergências e discutir as estratégias a serem adotadas para dar uma resposta à sociedade nos próximos dias.
Foi definida a ação batizada de “90 dias pelo HE”, proposta pelo deputado Jaci Amanajás, quando parlamentares se revezarão no diagnóstico, discussão e execução de medidas para otimizar o atendimento da unidade. Na próxima sexta-feira, 11, os deputados pretendem voltar ao hospital para anunciar as primeiras medidas, conseguidas através da interlocução com a Secretaria de Saúde e apoio de empresários.
Será também agendada uma reunião entre Sesa, deputados e Ministério Público para pontuar ações políticas e técnicas que necessitem de regulamentação ou aval jurídico para serem implementadas. É o caso da proposta lançada pelo deputado Dr. Furlan, que propõe que alguns Termos de Ajustes de Condutas (TAC) celebrados pelo Ministério Público possam ser convertidos em investimentos não somente no HE mas nas demais unidades.
Os deputados reconheceram que algumas ações encampadas pela Sesa, apesar de não terem merecido publicidade por parte da Comunicação do governo do Estado, precisam ser destacadas, como a digitalização do Raios-X, o início da residência médica em Ortopedia, a agenda prévia de cirurgias (pacientes que ficavam semanas aguardando intervenções cirúrgicas, agora podem voltar pra casa e retornarem em no máximo uma semana para as operações), e aquisição de medicamentos. No caso dos medicamentos e insumos, os deputados apresentarão requerimento especificamente sobre três itens que o HE não possui e que são fundamentais: soro antiofídico, bolsas de colostomia e trombolíticos.
A deputada Roseli Matos destacou que o atendimento no HE poderia ser menos tumultuado se muitas pessoas criassem o hábito de buscar atendimento nas unidades básicas de saúde e se houvesse outra unidade hospitalar com as mesmas características do HE.
Dr Furlan interveio e defendeu que é o momento de retomar o debate sobre a destinação do Hospital Metropolitano (que dispõe de quase R$ 6 milhões em conta para conclusão) e o convênio com o Hospital Unimed, onde poderiam ser criados pelo menos mais 20 leitos para desafogar o HE.
Outras medidas que serão sugeridas pelos deputados é o chamamento dos concursados de 2012, a retomada das obras no Hospital de Especialidades, no Hospital da Criança e no setor de Nefrologia de Santana, a colocação de um tomógrafo no HE, o estabelecimento de parcerias público-privadas para climatização e aquisição de novos leitos pros hospitais, criação de um selo denominado “Empresa Amiga da Saúde”, criação de um Grupo Técnico na Secretaria de Saúde para montar protocolo de credenciamento de serviços e criação de uma sala de estabilização no Hospital de Emergências, com equipamentos de ponto e profissionais capacitados.
Dr. Furlan encerrou a reunião propondo a implantação do Protocolo de Manchester no HE, um processo de classificação de pacientes, através do uso de cores, implantado em grande parte como uso de pulseiras de identificação para pacientes, que permitem definir rapidamente qual é a situação de cada paciente, resultando em atendimentos mais rápidos, evitando, assim, o caos no atendimento.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos destacou a contribuição dada pela secretaria Renilda Costa. “Junto com sua equipe, ela determinou que todo apoio seja dado aos deputados e pretende diminuir a demanda excedente no HE com campanhas publicitárias de conscientização sobre qual unidade hospitalar a ser procurada para cada tipo de sintomas”, finalizou.
Registros da matéria:
Gabinete do Deputado Pedro da Lua
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Gabinete do Deputado Pedro da Lua
Texto: Renivaldo Costa
Foto: divulgação
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