Declarar guerra à dengue. É isso que os deputados da Comissão de Saúde (CAS) da Assembleia Legislativa (ALAP) pretendem fazer para evitar que a doença se alastre pelo do Estado do Amapá. O alerta foi dado pelo presidente da CAS, deputado Jaci Amanajás (PROS), na sessão desta segunda-feira (7), preocupado com a chegada do inverno e explicou o ciclo do Aedes aegypti que é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença e, as associadas como: zika e chicungunha.
O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. “O único modo possível de evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor”, frisou o deputado, informando que a melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.
A dengue é uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. É considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo. A Organização Mundial da Saúde (ONU) estima que, anualmente, entre 50 e 100 milhões pessoas sejam infectadas em mais de 100 países.
De acordo com o deputado Jaci Amanajás, o Ministério da Saúde (MS), gastou este ano mais de um bilhão no combate ao mosquito e o Sistema Único de Saúde (SUS) gatas R$ 535,00 por paciente. Os casos de dengue registrados no país este ano, até a metade de novembro, ultrapassaram 1,5 milhão com um aumento de 176% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve ainda aumento de 104% nos casos graves de dengue e de 79% no número de mortes quanto comparado com os dados de 2014, que mataram 811 pessoas. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde. No Estado do Amapá, são mais de dois mil casos confirmados, com maior incidência nos municípios de Mazagão, Pedra Branca do Amapari, Calçoene e Serra do Navio.
Na mesma linha o deputado Jory Oeiras (PRB) sugeriu a realização de uma reunião envolvendo as vigilâncias sanitárias dos municípios e do Estado, para tratar da situação da dengue no Estado. “A campanha prevê série de ações com o propósito de conscientizar a população e mobilizar os mais diversos segmentos sociais no enfrentamento do problema”, frisou Jory, comentando sobre a realização da audiência pública na última sexta-feira (4) em que discutiu as estratégias de saúde da família, um dos itens em pauta foi a situação dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias do Estado. “São guerreiros. Não podemos deixar a tarefa só nas costas dos agentes de saúde. É preciso mobilizar a sociedade para que cada cidadão faça a sua parte”, defendeu o Jory Oeiras.
Já o deputado Max da AABB (PSB), fugindo um pouco do tema, solicitou do presidente da CAS, que seja verificado o paradeiro de alguns equipamentos novos adquiridos pelo governo do Estado, e que seriam instalados no laboratório do Hospital das Clínicas (HCAL).
Em visita a comissão a deputada Mira Rocha (PTB), destacou o trabalho da comissão que realizou um diagnóstico da saúde no Estado do Amapá. “Esta preocupação em relação a dengue é pertinente devido a chegada da estação chuvosa na região Norte, onde aumenta o número de casos de dengue”, avaliou a parlamentar, colocando-se à disposição para contribuir com a comissão.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá
Departamento de Comunicação – DECOM
Texto: Everlando Mathias | Foto: Gerson Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário