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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Adepol do Amapá protocola na Assembleia Legislativa pedido de CPI na segurança publica

Após oferecer denúncias ao Ministério Público do Trabalho, órgão que tem a atribuição constitucional de zelar pela segurança do ambiente de trabalho, o presidente da Associação dos Delegados de Policia Civil do Estado do Amapá (Adepol), Francisco Sávio Alves Pinto, protocolou na manhã desta segunda-feira (29) na Assembleia Legislativa (ALAP), documento solicitando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atual administração da Delegacia Geral de Policia (DGP), cópia do documento foi entregue ao presidente da ALAP, deputado Moisés Souza (PSC), que designou o deputado Keka Cantuária (PDT), para acompanhar o caso.
O parlamentar lamentou que a situação na segurança pública do Estado, tenha chegado a esse ponto. Keka Cantuária criticou o fechamento da Delegacia de Polícia do município de Mazagão, além da situação precária que ora encontram os Centros Integrados de Operações em Segurança Pública (Ciosp), sem condições de atender a população. 
Keka Cantuária informou que a solicitação da implantação da CPI será analisada após o pleito eleitoral, tendo em vista que a comissão tem um prazo de 90 dias para trabalhar. “Não haverá tempo para analisar os documentos e montar uma CPI, pois não sabemos quem vai ficar ou sair desta casa na próxima legislatura”, infirmou o deputado, garantindo apenas que a questão será apresentada aos deputados após as eleições.
No documento a associação relata os motivos que levaram a Adepol a solicitar uma investigação da Assembleia Legislativa. De acordo com o delegado Francisco Sávio, não é novidade para ninguém a situação caótica de abandono vivenciada nas unidades policiais. “Muitas delas estão infestadas de ratos, baratas, morcegos e até pombos, todos muitos nocivos à saúde humana. Os delegados fazem de tudo, comunicam, solicitam, explicam, mas nenhuma providencia e tomada por parte do Executivo Estadual”, explica o presidente da Adepol, informando que o cenário de abandono, em 30 de abril deste ano, um policial civil faleceu e segundo a certidão de óbito a causa morte foi uma infecção causada por um fungo patogênico, Criptococose, encontrado em fezes de pombos. “A esposa do policial, narrou que antes do agente adoecer, ele teria feito uma limpeza no forro da 9ª Delegacia de Policia, localizada no bairro Zerão. Local que segundo ela estaria tomado por pombos. Em decorrência dessa tragédia, a esposa do policial, resolveu registrar um Boletim de Ocorrência na mesma Delegacia do Zerão onde seu esposo poderia ter adquirido a doença”, frisou Francisco Savio.
Segundo o delegado Sávio Pinto, a Polícia Civil foi a única que regrediu em relação ao número de agentes. “Enquanto a Polícia Militar cresceu de 2.830 policiais para 3.690 e o Corpo de Bombeiros de 841 para 1.201, a Polícia Civil diminuiu 1.106 para 981 servidores”, reclama Sávio.
De acordo com a Adepol, a Polícia Civil tem investimento mensal 20 vezes menor que os contratos de vigilância para as escolas e nove vezes menor que o investimento de publicidade do Governo do Estado, que chega a R$ 28 milhões. A Adepol enfatiza que “delegacias como a de Atos Inflacionais (Deiai) e de Crimes Contra a Mulher (DCCM), que deveriam ser referência por conta do atendimento humanitário, estão sendo precarizadas, não oferecendo condições salubres de trabalho”.
Sávio Pinto reclama que a falta de investimento resulta na redução de plantões nos Centros Integrados de Operações em Segurança Pública (Ciosp), que atualmente recebem presos em apenas um prédio localizado Pacoval. “No início eram três plantões em cada sede (Congós, Pacoval e Novo Horizonte) hoje apenas o Pacoval recebe as demandas de toda a cidade”, conclui Sávio.


RELEASE 29/09/2014
Assembleia legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – Decom
Direção do Decom – Cleber Barbosa
Texto: Everlando Mathias | Foto: Gerson Barbosa

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