O deputado
Keka Cantuária (PDT) classificou a gestão do governador Camilo Capiberibe (PSB)
de “burra e irresponsável”. A declaração – dada na sessão ordinária desta
quarta-feira (11) – é por conta da demissão em massa de cinco médicos que
trabalhavam em Oiapoque – quatro por justa causa e uma que pediu para deixar o
posto em solidariedade aos companheiros. “É um absurdo
como este governo trata o cidadão do nosso Estado; se um médico que luta para
salvar vidas é tratado desta maneira, imagine como os demais servidores não são
tratados. É de uma irresponsabilidade sem tamanho, é muita burrice desse
governo”, disparou Keka.
O governador
Camilo Capiberibe e o secretário de Saúde Jardel Nunes foram duramente
criticados pelo parlamento estadual, por ter acatado o pedido do diretor do
Hospital de Oiapoque, Diego Lima, que solicitou as demissões dos profissionais
de saúde, sem antes mesmo de abrir o processo administrativo para que os
médicos fossem ouvidos. “Acho estranha
essa decisão, não se pode demitir alguém sem antes abrir o processo
administrativo para que se tenha o direito à ampla defesa; acredito que o
governador não sabe o que está acontecendo, espero que ele pense e raciocine
sobre o momento que o Estado atravessa”, disse Jaci Amanajás (PROS).
Para os
parlamentares é uma decisão inédita. Para demitir os médicos, o governo alegou
que os profissionais “não queriam trabalhar”. A justificativa foi publicada nas
redes sociais, conforme informou o deputado Charles Marques (PSDC). “Começaram a
dizer que os médicos não queriam trabalhar; não se deve subestimar a inteligência
das pessoas, como eles podem dizer isso de profissionais que operavam a luz de
velas, ou com uso de lanternas; e querem que a sociedade acredite que eles não
queriam trabalhar; com certeza, eles criam um mal tremendo a nossa população”,
disparou Marques. “Nós sempre
falamos que o Estado precisa contratar médicos e não demitir médicos; dizer que
o médico não trabalha, é um absurdo, isso não existe; no interior há sempre a
necessidade de atendimento”, completou Jaci Amanajás. “Dizer que o
médico não quer trabalhar, é mais um assédio a nós profissionais; nunca faltou
um médico, temos todos os fichários sobre os atendimentos; e nos últimos cinco
anos, todas as cirurgias foram feitas e para não deixar ninguém sem receber a
assistência, emprestamos uma mesa, sem qualquer custo para o Estado, até que
fosse resolvido o problema”, contou o médico demitido, Luiz Alexandre.
Além de
defenderem o retorno dos médicos ao Hospital de Oiapoque, os deputados
prometeram colocar o parlamento a disposição dos profissionais, além de acionarem
os Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos para
reverterem às demissões. O deputado
estadual Antônio Furlan (PTB) lembrou a ação Civil Pública movida pelo
Ministério Público Estadual que pede para o município de Oiapoque 12 médicos. “Enquanto o
Ministério Público entende que o município necessita de mais médicos, ou seja,
de pelo menos 12, o governo demite quatro, e a outra que poderia ficar vai
pedir desligamento por respeito aos colegas demissionários; fica nítida a
perseguição e essa decisão não pode existir. Tenho certeza que esta Casa vai
ficar ao lado dos médicos, e vamos, também, buscar o apoio do Conselho Regional
de Medicina e mais do Sindicato dos Médicos para revertermos esta situação e
garantir condições de trabalho para que os profissionais possam ofertar um
atendimento de qualidade aos moradores daquela cidade”, exemplificou.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá - ALAP
Departamento de Comunicação - DECOM
Diretor do Decom - Cleber Barbosa
Texto:
Emerson Renon (Assessor de Comunicação)
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