Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Parlamentares teceram duras críticas à gestão do PSB no Estado

O deputado Keka Cantuária (PDT) classificou a gestão do governador Camilo Capiberibe (PSB) de “burra e irresponsável”. A declaração – dada na sessão ordinária desta quarta-feira (11) – é por conta da demissão em massa de cinco médicos que trabalhavam em Oiapoque – quatro por justa causa e uma que pediu para deixar o posto em solidariedade aos companheiros. “É um absurdo como este governo trata o cidadão do nosso Estado; se um médico que luta para salvar vidas é tratado desta maneira, imagine como os demais servidores não são tratados. É de uma irresponsabilidade sem tamanho, é muita burrice desse governo”, disparou Keka.

O governador Camilo Capiberibe e o secretário de Saúde Jardel Nunes foram duramente criticados pelo parlamento estadual, por ter acatado o pedido do diretor do Hospital de Oiapoque, Diego Lima, que solicitou as demissões dos profissionais de saúde, sem antes mesmo de abrir o processo administrativo para que os médicos fossem ouvidos. “Acho estranha essa decisão, não se pode demitir alguém sem antes abrir o processo administrativo para que se tenha o direito à ampla defesa; acredito que o governador não sabe o que está acontecendo, espero que ele pense e raciocine sobre o momento que o Estado atravessa”, disse Jaci Amanajás (PROS).

Para os parlamentares é uma decisão inédita. Para demitir os médicos, o governo alegou que os profissionais “não queriam trabalhar”. A justificativa foi publicada nas redes sociais, conforme informou o deputado Charles Marques (PSDC). “Começaram a dizer que os médicos não queriam trabalhar; não se deve subestimar a inteligência das pessoas, como eles podem dizer isso de profissionais que operavam a luz de velas, ou com uso de lanternas; e querem que a sociedade acredite que eles não queriam trabalhar; com certeza, eles criam um mal tremendo a nossa população”, disparou Marques. “Nós sempre falamos que o Estado precisa contratar médicos e não demitir médicos; dizer que o médico não trabalha, é um absurdo, isso não existe; no interior há sempre a necessidade de atendimento”, completou Jaci Amanajás. “Dizer que o médico não quer trabalhar, é mais um assédio a nós profissionais; nunca faltou um médico, temos todos os fichários sobre os atendimentos; e nos últimos cinco anos, todas as cirurgias foram feitas e para não deixar ninguém sem receber a assistência, emprestamos uma mesa, sem qualquer custo para o Estado, até que fosse resolvido o problema”, contou o médico demitido, Luiz Alexandre.

Além de defenderem o retorno dos médicos ao Hospital de Oiapoque, os deputados prometeram colocar o parlamento a disposição dos profissionais, além de acionarem os Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos para reverterem às demissões. O deputado estadual Antônio Furlan (PTB) lembrou a ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual que pede para o município de Oiapoque 12 médicos. “Enquanto o Ministério Público entende que o município necessita de mais médicos, ou seja, de pelo menos 12, o governo demite quatro, e a outra que poderia ficar vai pedir desligamento por respeito aos colegas demissionários; fica nítida a perseguição e essa decisão não pode existir. Tenho certeza que esta Casa vai ficar ao lado dos médicos, e vamos, também, buscar o apoio do Conselho Regional de Medicina e mais do Sindicato dos Médicos para revertermos esta situação e garantir condições de trabalho para que os profissionais possam ofertar um atendimento de qualidade aos moradores daquela cidade”, exemplificou.


Assembleia Legislativa do Estado do Amapá - ALAP
Departamento de Comunicação - DECOM
Diretor do Decom - Cleber Barbosa
Texto: Emerson Renon (Assessor de Comunicação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MPE protocola dois projetos para reorganizar a estrutura e o plano de carreiras, cargos e remuneração de efetivos e comissionados

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Márcio Augusto Alves - acompanhado dos promotores de Justiça, Laé...