Vários parlamentares estaduais discursaram sobre o tema,
especialmente durante as discussões pela votação de requerimento de autoria da
deputada Marília Góes (PDT), que pede a realização de uma audiência pública na
ALAP para se debater a repartição do bolo orçamentário do Estado, bem como o
custeio dos Poderes e do Ministério Público, que ainda hoje paga a gratificação
do auxílio-moradia mesmo para promotores e procuradores que moram na Capital e
possuem casa própria. Roseli Matos (DEM) disse que essa não é a primeira vez
que João Capiberibe encabeça movimento semelhante. “Ele não tem moral para
fazer esse circo todo em frente à Assembleia”, disparou a parlamentar.
Comparação – Já o
deputado Charles Marques (PSDC) disse que nunca foi eleitor de Sarney no Amapá,
mas que os resultados de seus mandatos como senador para o Amapá são
infinitamente superiores aos de Capiberibe. “O presidente Sarney trouxe energia
para cá e o sexto senador mais caro do país não trouxe nada; quando o
presidente Sarney trouxe a segunda hidrelétrica e depois a terceira usina
hidrelétrica para o Amapá, o sexto senador mais caro do país continuo não
fazendo nada”, disparou Marques.
Edinho Duarte (PP) foi outro que elevou o tom das críticas a
Capiberibe. Ele disse que o que está ocorrendo no Amapá hoje, uma anunciada
crise institucional, é uma repetição do período de quase oito anos em que
Capiberibe governou o Amapá. “Ele não respeita as instituições. Já disparou
contra o Judiciário, o Tribunal de Contas e o próprio Ministério Público. Como
faz com todo mundo que não se submete a seus caprichos”, acusou o parlamentar.
Já o presidente em exercício da ALAP, Júnior Favacho (PMDB),
disse que é louvável a discussão sobre o custeio dos Poderes Constituídos e o
Ministério Público e declarou seu voto favorável à proposição da colega Marília
Góes. “Mas gostaria que o Executivo de fato pudesse debater com a sociedade a
melhor aplicação dos recursos do contribuinte, afinal o Governo do Estado é
quem fica com a maior parte do orçamento estadual, na ordem de 82%, enquanto o
restante é que é rateado entre os Poderes Constituídos, o Ministério Público e
o Tribunal de Contas”, concluiu.
O requerimento de Marília foi aprovado por unanimidade e a
data para a realização da audiência pública deverá ser anunciada nos próximos
dias.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá –
ALAP
Departamento de Comunicação - DECOM
Diretor do Decom - Cleber Barbosa
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