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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Deputada quer abrir a 'caixa preta' dos gastos dos Poderes

“Vamos abrir a caixa preta dos orçamentos de todos os Poderes”. Foi assim que a líder do PDT na Assembleia Legislativa, deputada Marília Góes, defendeu no plenário da Casa, em sessão ordinária, na manhã desta segunda-feira (26), o requerimento – aprovado por unanimidade – que pede a realização de uma Audiência Pública para debater o custo de cada Poder Constituído no Amapá. A proposta da parlamentar é uma resposta ao movimento denominado “Reduza Já” puxado por alguns partidos políticos e que pede redução nos gastos do Legislativo estadual.
“Não podemos eleger percentuais de formas aleatórias, temos que saber com que gastamos, de que forma gastamos e por que gastamos. Nós temos que abrir sim, os gastos dessa Casa, para que a sociedade possa saber como é gasto. Mas, também, precisamos saber como O Executivo, Judiciário e Ministério Público aplicam os seus recursos”, propõe a deputada.
A colocação da pedetista é com base na própria ação do Legislativo, que retirou R$ 28 milhões de próprio orçamento e repassou ao Executivo para ser aplicado na saúde. Mas, conforme a deputada, até o presente momento o governo não prestou conta com o parlamento estadual sobre onde e como aplicou o recurso.
“O governador tem que dizer de que forma foi aplicado esse montante, porque até hoje essa Casa não dispõe de nenhuma informação sobre o que foi feito desse dinheiro”, contestou.
A deputada também justificou o porquê da inclusão de debater o orçamento do Ministério Público. “Nos últimos dias, a mídia tem dito que o orçamento do Ministério Público tem sido desvirtuado, sendo utilizado para bens pessoais tais como óculos de marca, no valor de quase R$ 7 mil, comprado por um determinado procurador, que pediu ressarcimento ao MP”, questionou.

Mais caro - O questionamento foi referente aos gastos com o “auxílio-moradia”. Segundo a parlamentar, o benefício, que considera legal e até legítimo, deveria ser usado por promotores e procuradores sem residência própria ou mesmo em municípios onde o MP não tenha residência funcional. O auxílio moradia, conforme o próprio MP, é pago a todos os procuradores e promotores – da ativa e aposentados. O valor ultrapassa os R$ 7 mil e é o mais alto em todo o país.
A democrata Roseli Matos classificou os manifestos, encabeçados pelo PSB, partido do governador Camilo Capiberibe, como ato político. Chamou o chefe do Executivo de irresponsável, e classificou as ações do socialista de ineficazes. Mas, concorda que a Assembleia Legislativa deve debater com a sociedade os gastos do parlamento, assim como dos outros Poderes.
O deputado Charles Marques (PSDC) disse que o tema precisa ser levado a sério. Para o parlamentar, a população precisa tirar proveito do momento de conflito entre os Poderes. Segundo ele, a audiência pública pode mostrar a população qualquer podridão que possa haver no Legislativo, Executivo e Judiciário, também, nos órgãos. “Precisamos debater os orçamentos e todos com muita transparência. Enquanto se paga auxílio-moradia a procuradores e promotores, as vítimas do incêndio no Perpétuo Socorro, padecem para receber, isso quando recebem do governo e da prefeitura, o aluguel social, criticou. De acordo com o deputado, é preciso discutir a questão da redução. Segundo ele, os Poderes não podem ficar de pires na mão e nem tampouco submissos ou mesmo dependentes de apoio do governo.
O progressista Edinho Duarte destacou o comportamento do Parlamento Estadual. Segundo o deputado, ele temia que os parlamentares não tivessem força e coragem para reagir. “O meu medo é que nós tenhamos receio de reagir. O medo que esta Casa perca esta característica que estou vendo hoje”, disse Edinho.
O parlamentar alfinetou o senador João Capiberibe (PSB), que tem usado as redes sociais para convocar a população para ocupar a frente do prédio da Assembleia Legislativa para pressionar o parlamento a reduzir o percentual do orçamento em 50%. “Se a proposta do senador João Capiberibe fosse séria, ele estaria nas redes sociais se associando a deputada Marília Góes, que quer debater não um, mas todos os orçamentos, uma forma de passar à limpo os gastos públicos”, comparou.
 A autora da matéria entende, também, que o debate deve acontecer e com a presença de todos os chefes dos Poderes.  Os deputados devem anunciar nos próximos dias a data para a realização da Audiência Pública, que será realizado  no plenário da Assembleia Legislativa.

Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – DECOM
Diretor do Decom – Cleber Barbosa
Texto – Emerson Renon (Assessor de Comunicação)

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