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quarta-feira, 26 de março de 2014

Deputados podem revogar lei da incorporação da Regência de Classe dos professores

Depois de um amplo debate nesta quarta-feira (26) durante a sessão deliberativa no Plenário da Assembleia Legislativa, os deputados anunciaram o interesse de revogar a lei que permitiu a incorporação da gratificação de Regência de Classe aos salários dos professores da rede estadual de ensino. O deputado Keka Cantuária (PDT) apresentou um projeto de lei e conseguiu a assinatura de seus pares. A matéria deverá ser apreciada na próxima semana e a medida agradou em cheio a lideranças sindicais da educação, que acompanharam a sessão e ainda fizeram sustentações orais na tribuna para esclarecer os efeitos que a unificação da gratificação acabou gerando.
O próprio presidente da ALAP, deputado Moisés Souza (PSC) recebeu os sindicalistas em uma reunião antes do início da sessão e consentiu que representantes dos trabalhadores da educação pudessem usar o espaço regimental do Grande Expediente, para falar sobre o alcance de uma revogação da lei aprovada em abril do ano passado. “O momento é mais do que oportuno, pois em poucos dias chegará a hora da definição da data-base do funcionalismo e a Assembleia poderá dar condições mais favoráveis aos educadores no momento de sentar à mesa de negociações com o Executivo”, disse Moisés.
O deputado Edinho Duarte (PP) que é pedagogo por formação, disse que se sente muito à vontade para debater o assunto, pois antes de ser político é também profissional da educação. Segundo ele, essa poderá ser uma oportunidade da Assembleia se redimir de um grande erro. “Nós poderíamos ter sido induzidos ao erro, devido à fragilidade daquele momento por qual passava o Parlamento. Parafraseando o ministro Carlos Velozo, que disse ‘só os tolos não mudam de ideia’, vejo que podemos dar sim uma demonstração de grandeza e revogar nossos atos, a própria legislação da administração pública prevê isso”, disse.
Segundo as lideranças sindicais que estiveram na Assembleia, a incorporação da Regência de Classe aos vencimentos dos trabalhadores foi uma forma encontrada pelo Governo do Estado para mascarar ter alcançado o piso salarial definido por lei federal. Ainda de acordo com os argumentos dos professores, devido a incorporação da gratificação, todos os demais encargos que incidem no salário do educador, como por exemplo, o imposto de renda e previdência social, foram majorados, representando perdas adicionais do poder de compra de seus salários.
O projeto de lei 0032/2014-AL, de autoria de Keka Cantuária, propõe a revogação da Lei nº 1742, de 26 de abril de 2013, que incorpora a Gratificação de Regência de Classe ao vencimento básico dos professores do Quadro Permanente de Pessoal do Estado do Amapá. O artigo 2º do PL de Keka prevê que para o custeio das despesas decorrentes desta nova lei serão utilizadas dotações constantes do orçamento estadual vigente.

Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – DECOM
Diretor do Decom – Cleber Barbosa
Fotos – Gerson Barbosa/Decom/ALAP

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