A audiência
pública realizada na manhã desta sexta-feira (28), no plenário do Poder
Legislativo, representa mais um importante passo para à implantação do segundo
curso de medicina no Estado, desta vez na Universidade Estadual. O primeiro foi
na Universidade Federal do Amapá (Unifap), que deverá apresentar a primeira
turma de formandos no fim de 2015, com 28 acadêmicos.
O projeto –
de autoria do deputado Jaci Amanajás (PROS) e também autor da audiência pública
– tramita na Assembleia Legislativa e deve ser votado até o fim do primeiro
semestre. A matéria coincide com os interesses do Governo do Estado.
Segundo a
reitora da Universidade Estadual do Amapá (UEAP), a professora Maria Lúcia
Teixeira Borges, a instituição tem interesse no curso. Em dezembro do ano
passado, a universidade tentou junto ao Conselho Universitário a autorização
para iniciar os estudos para a implantação da grade.
“Não
obtivemos êxito na primeira tentativa, o nosso pedido foi negado pelos conselheiros;
em abril deste ano – quando acontece uma nova reunião do conselho – vamos fazer
mais uma investida para conseguirmos a autorização”, garantiu, e completou. “Espero
contar com a participação e com o apoio dos deputados nessa jornada”.
Mesmo com alguns
estudantes da instituição sendo contra a proposta – por conta da deficiência
que a instituição apresenta – a reitora informou que a UEAP está trabalhando
tecnicamente para a criação do curso. Reconheceu as carências, mas amenizou as
críticas ao afirmar os avanços que a universidade por ter com o curso de
Medicina.
“O Estado tem
condições de criar o curso, tem logística e ainda pode contar com toda a
infraestrutura que a escola Graziela Reis de Souza possui e transformá-la em
uma universidade; o mais importante nesse processo é saber do interesse do
governo na implantação da grade”, destacou o autor do projeto, Jaci Amanajás.
Para o reitor
da Unifap, José Carlos Tavares Carvalho – outro a participar dos debates – o Estado,
além de contar com mais um curso de Medicina, pode, também, ter outro diferencial:
proporcionar pesquisas no tratamento de doenças tropicais.
“Chegamos a
trabalhar em cima disso, a nossa meta era transformar o hospital de Serra do
Navio – cidade com grande índice de leishmoniose, transmitida pela picada do mosquito
– nesse centro de pesquisas, a época até tivemos resposta positiva do governo,
mas ficou pelo caminho”, lamentou, mas assegura que isso pode ser usado como
ferramenta para atrair recursos do governo federal.
Outro fator
que pode contribuir para a criação da grade na UEAP é a possibilidade do Estado
não ter mais que importar profissionais. “O governo já trabalha na expansão da
rede hospitalar, e isso, com certeza, viabiliza a contratação desses
profissionais que irão deixar a universidade”, disse Jardel Nunes, secretário
de Saúde.
“Pelas
explanações que tivemos, fica evidente a importância da criação do curso e o
quanto a universidade estadual pode ganhar em termos de investimentos”,
destacou Jaci.
Departamento de Comunicação - DECOM
Diretor do Decom - Cleber Barbosa
Texto - Emerson Renon (Assessor de Comunicação)
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