O primeiro a falar foi o advogado Inocêncio Mártires. Ele
fez uma análise técnica naquilo que chamou de erros insanáveis no processo que
levou seu cliente a ser afastado da Presidência da ALAP. O primeiro deles foi a
Operação Eclésia, desencadeada em maio do ano passado, que resultou na busca e
apreensão de documentos da Assembleia. “A operação foi ilegal, pois a ordem
para ser deflagrada aconteceu sem a devida autorização do Judiciário, ou seja, não
foi determinada por um desembargador, daí todas as ações subsequentes são
passíveis de se tornarem nulas de pleno direito”, disse ele.
Já Moisés Souza disse que decidiu falar a respeito das denúncias
por entender que a imprensa e a sociedade de modo geral merecem um
esclarecimento de sua parte e que só o fez agora por estar munido de uma
decisão da mais alta Corte do país. “Depois de todo o sofrimento gerado, em
acusações que nenhuma, nenhuma delas diz que o deputado Moisés recebeu um valor
de qualquer pessoa e nenhuma das acusações diz isso, a gente passou por um
escárnio público. Hoje essa decisão nos faz refletir numa perspectiva de que
todas as acusações foram feitas na sua grande maioria de maneira errada, é claro
isso, tanto que as deixam passíveis de ser tornadas nulas”, argumentou.
Durante a entrevista, Moisés e seu advogado disseram que a
decisão do desembargador Carmo Antônio da última terça-feira (17) teria sido
mal interpretada por alguns setores da imprensa local. Segundo Inocêncio
Mártires, dos pedidos formulados pelo Ministério Público, um era a expedição de
uma certidão sobre a vigência da cautelar de afastamento dos deputados, o que o
magistrado negou. O outro pedido, de ratificar de novo seu afastamento, foi
negado pelo vice-presidente do Tjap, segundo sustenta o advogado de Moisés.
Por fim, Moisés disse que na sul volta ao comando político
da ALAP, pretende levar o Parlamento para o lugar onde ele deve, que é buscar as
questões da sociedade e discuti-las de maneira clara. “E o meu papel nesse
sentido , como uma das lideranças que compõem esse colegiado é levar o
Parlamento para pontos positivos e proativos da sociedade. Creio que num certo
momento isso incomodou muita gente, mas a gente não está nem para trabalhar em
oposição, porque acho que no Amapá não cabe isso agora, pois o Estado passa por
um momento muito difícil, com o próprio Governo num momento difícil”, completou
dizendo que é necessário ver “a esperança voltando aos olhos e à imaginação da
nossa gente”.
Assessoria de Comunicação
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