Pesquisar este blog

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

"Estamos em busca do que é melhor para o Amapá", afirmam deputadas em audiência sobre a Renca na Câmara Federal

As deputadas Edna Auzier (PSD) e Roseli Matos (PP) participaram da audiência pública promovida nesta quarta-feira (6) pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que debateu os aspectos relacionados à Reserva do Cobre e Associados (Renca). A participação das parlamentares foi a convite do deputado federal Cabuçu Borges (PMDB), responsável pela realização do debate.
"Estamos em busca do que é melhor para o Amapá", afirmaram as deputadas. As discussões serviram para os representantes do Governo Federal admitiram que houve um erro na comunicação sobre as pretensões da União com a Renca. Segundo Maria José Gazzi, diretora do Departamento Sustentável na Mineração do Ministério de Minas e Energia, no primeiro momento o interesse do governo foi abrir a área para estudos.

"Na visão do Ministério de Minas e Energia, o primeiro passo não seria abrir para a produção mineral, mas para pesquisa mineral, que tem baixo impacto ambiental, e saber qual a pontencialidade mineral da Renca para uma futura exploração, caso fosse viável e dentro das exigências da Legislação Ambiental", esclareceu a diretora.

Para a deputada Edna Auzier, por menos que fosse o impacto na área, o cuidado socioambiental sempre terá que existir. "Sabemos que a garimpagem está presente e isso precisa ser corrigido, pior é deixar o erro continuar e virar às costas para o problema", ressaltou.

A progressista Roseli Matos foi enfática ao questionar "de quem é o interesse em evitar a que a legalidade seja feita?". Para a deputada, o Amapá continua sendo castigado justamente por ver ações sendo realizadas por quem não conhece de fato a Amazônia.

"Não somos contra a exploração, mas entendemos que ela precisa acontecer dentro do que determina a legislação ambiental e com ampla fiscalização para que as coisas aconteçam de forma ordenada e permita o desenvolvimento e o fortalecimento, principalmente, da economia do estado", enfatizou.

Segundo o advogado Sérgio Jorge, especialista em Direito Ambiental, 72% da Renca está em área de preservação ambiental e indígenas, e precisa ser esclarecido que essa área continuará preservada e que os estudos acontecem em pontos já estudados pelos técnicos de Minas e Energia com possível potencialidades para o minério.

"Houve uma grande confusão quando falou sobre a extinção da Renca, uma delas foi de que estava se extinguindo uma área totalmente ambiental para fazer exploração mineral, e, na verdade, a reserva é mineral e o primeiro passo seria estudos para possível exploração", disse. "Manter a preservação é necessária, mas não podemos fechar os olhos para uma riqueza tão grande e que pode significar a melhoria de vida de muitas famílias", concluiu.

O deputado federal Cabuçu manteve o raciocínio. Para ele, não se pode negar que há uma riqueza e que algo tem que ser feito. "O Amapá não pode continuar engessado, a população precisa de oportunidades, então, não podemos parar com esse debate até obtermos resposta positiva para a legalidade das atividades na área", sustentou.


AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Alap
Texto e fotos: Emerson Renon
Portal: al.ap.gov.br
Blogger: casadeleis.blogspot.com
Facebook: Assembleia Legislativa do Amapá
TV Assembleia: 57.2
Rádio Assembleia: 93.9 FM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MPE protocola dois projetos para reorganizar a estrutura e o plano de carreiras, cargos e remuneração de efetivos e comissionados

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Márcio Augusto Alves - acompanhado dos promotores de Justiça, Laé...