Na sessão desta terça-feira, 14, a deputada Estadual Marilia Góes (PDT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa o Amapá (Alap) para falar sobre o massacre que aconteceu na boate Pulse no último fim e semana em Orlando, nos EUA. 49 pessoas perderam suas vidas e outras 53 ficaram feridas. O atirador, um jovem de 29 anos, era um cidadão norte-americano, filho de pais afegãos, já havia sido investigado por ter afirmado a colegas de trabalho ter ligações com terroristas.
A parlamentar lamentou o fato e disse que é um absurdo que ainda existem pessoas no mundo que não respeitam a livre escolha de cada um. “Não devemos admitir a intolerância com a opção do outro, a intolerância com a escolha de vida de cada ser humano”, disse Marilia.
A parlamentar lembrou ainda dos casos de intolerância no Brasil e os acontecidos aqui no Amapá, as ocorrências que ela, como delegada, acompanhou de perto ao logo de 20 anos de trabalho na Polícia Civil. Homens e mulheres que sofreram agressão pelo simples fato de serem diferente do que é tradicional.
“Há cerca de 16 anos, o adestrador de cães Edson Néris da Silva foi espancado até a morte em plena Praça da República, no Centro São Paulo. Esse foi o primeiro caso de crime homofóbico a ser amplamente divulgado pela imprensa nacional. Edson foi o primeiro, mas não foi o último”, lamentou.
O último relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que é a mais antiga entidade do gênero do Brasil, revelou que 318 gays foram mortos em 2015 em todo o País. Desse total de vítimas o GGB diz que 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas e 10% bissexuais.
Os estados onde ocorreram mais casos foram São Paulo, com 55 assassinatos; e Bahia, com 33 casos. No entanto, se for comparada com a população total, Mato Grosso do Sul foi considerado o estado mais homofóbico, pela entidade, com 6,49 homicídios para cada 1 milhão de pessoas, seguido do Amazonas, com 6,45.
Marilia pediu ainda que os parlamentares se unam para pensar em leis que possam dar maior garantia contra crimes homofóbicos. Ela disse que é responsabilidade de cada um na casa de leis. “Temos que garantir que cada pessoa possa ter sua orientação sexual e poder viver livre e, acima de tudo, feliz. Aqui no Amapá sabemos que homens e mulheres são agredidos e isso é responsabilidade nossa, por isso digo não à intolerância, não à homofobia, não ao desamor”, concluiu a deputada.
Gabinete a Deputada Marilia Góes (PDT)
Assessoria de Comunicação
Texto: Raquel Coutinho
Foto: Iago Nunes
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