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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Deputados aprovam a criação do programa de apoio a alunos com dislexia no Estado


Aprovada no Parlamento Estadual a criação do Programa de Apoio ao aluno Portador de Distúrbios Específicos de Aprendizagem Diagnosticados como dislexia, que é a dificuldade de ler, escrever e escutar. Muitas crianças têm o distúrbio e alguns pais e mães nem sabem o que é. O problema pode ficar muito maior se não for corrigido cedo, na fase de alfabetização.
A autora da matéria, deputada Mira Rocha (PTB), assegura no Projeto de Lei que caberá ao Estado garantir a participação de especialistas e representantes de associações de pais de alunos portadores de distúrbios específicos de aprendizagem diagnosticados como dislexia, além de firmar parcerias e convênios com instituições especializadas e garantir a realização de exame que possam diagnosticar a dislexia, em toda a rede estadual de ensino.
A dislexia afeta 10% da população mundial. O distúrbio genético causa problema de conexão entre neurônios. Não há cura, mas tem tratamento. Segundo especialistas, a partir dos 3 anos, os pais podem notar a troca de letras e atraso na fala. Mas só depois da alfabetização, é possível fazer um diagnóstico mais preciso.
Os pais devem ficar atentos para alguns sinais que podem indicar o distúrbio: desorganização nas tarefas do dia a dia; atraso na alfabetização; leitura muito lenta e troca de letras. A troca de letras pode ser tanto pela semelhança visual, como o "p" pelo "q"; ou pela semelhança de som, como o "f" pelo "v".
Há também os erros de grafia: em vez de escrever carroça com "ç", a criança escreve como escuta, com dois esses. Os problemas de fala devem ser corrigidos assim que forem percebidos para evitar que a criança tenha mais dificuldades na alfabetização. Isso facilita o tratamento da dislexia se este for o diagnóstico.
Pelo texto, o Estado deve desenvolver um sistema de informação e acompanhamento dos alunos que apresentam sintomas da dislexia por meio de cadastro específico. O texto prevê ainda campanhas educativas de combate ao preconceito para com o aluno portador de distúrbios; elaboração de cadernos específicos para profissionais da rede pública de ensino estadual e municipal.
De acordo com projeto, os recursos são provenientes da própria receita podendo, caso necessário, ser suplementados.




Assembleia Legislativa do Estado do Amapá
Gabinete da Deputada Estadual Mira Rocha
Texto e foto – Ascom GAB

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