Um dos principais problemas enfrentados por educadores no Brasil é o uso de celulares em sala de aula. Esse problema só vem aumentado com o crescente número de aparelhos no Brasil, que segundo dados da Anatel já ultrapassam os 271,1 milhões de celulares. Com tecnologias e recursos cada vez mais avançados que surgem a cada modelo lançado no mercado, como internet móvel, acesso as redes sociais, aplicativos atrativos e uma infinidades de outros recursos, os celulares atraem cada vez mais a atenção dos alunos em sala de aula comprometendo o processo de aprendizado.
Com base nesta situação preocupante, o deputado Fabrício Furlan (PMB) aprovou na secretaria do legislativo um Projeto de Lei que inibe o uso de celulares e outros equipamentos eletrônicos nas salas de aula, bibliotecas e demais espaços de estudo das escolas públicas e particulares no Estado do Amapá.
Segundo a proposta. Nas salas de aula, os celulares devem permanecer desligados e só poderão ser usados para aplicações pedagógicas. Nos demais espaços da escola, esses aparelhos devem ser mantidos no modo silencioso.
A Lei estabelece que caberá aos estabelecimentos de ensino garantirem que os alunos tenham conhecimento da proibição, fixando aviso nas dependências da escola. Também ficará a cargo de cada instituição disciplinar o uso de telefones nos intervalos. A desobediência à Lei acarretará a adoção de medidas disciplinares previstas no regimento escolar ou nas normas de convivência da escola. “Muitas vezes o uso excessivo dos celulares, que vai além da sala de aula e das necessidades normais do dia a dia, se torna um vício que é tratado como transtorno, conhecida como Nomofobia. O termo vem da expressão "no-mobile fobia", e se refere ao mal-estar ou ansiedade apresentados quando essas pessoas não estão com seus celulares”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu.
O tema pode até fomentar o debate entre os alunos, mas na opinião da maioria dos docentes é uma medida necessária, já que muitos se sentem desrespeitados quando os alunos utilizam o equipamento desviando a atenção do aluno ao conteúdo ministrado em sala de aula. “Esse grave problema do uso de celulares em sala de aula já vem sendo resolvido por alguns estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco e Distrito Federal. Que criaram leis semelhantes que proíbem o uso de celulares em sala de aula.” - explicou o deputado.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Gabinete do Deputado Estadual Fabrício Furlan (PMB)
Texto – Charles Borges
Foto – Jaciguara Cruz/Decom/ALAP
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