Por mais de uma hora a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Estado (CRE), da Assembleia Legislativa (ALAP), presidida pela deputada Luciana Gurgel (PMB), esteve reunida na tarde desta terça-feira (15) com representantes do setor de saúde do Amapá e da Guiana Francesa. Em pauta questões de saúde na fronteira do Brasil no município de Oiapoque (AP) com a Guiana Francesa, com a presença do Consul Francês em Macapá, Alain Kras.
A sessão que contou O representante do Desenvolvimento, Prevenção, Acompanhamento e Cooperação de Fronteira (DPAC), José Hermegildo Gomes, o Dedé, mostra preocupação quanto ao alto índice de Aids e outras doenças infecciosas e a incidência de gravidez indesejada, especialmente entre as adolescentes e apresentou uma síntese do projeto Oiapoque, Cooperação, Saúde (OCS), entre os dois atores brasileiros e franceses para um melhor acesso na saúde para todos.
De acordo com Dedé, o projeto prevê a construção de uma casa de apoio, que terá a finalidade de monitorar as pessoas com doenças infecciosas oferecendo assistência psicológica, aulas de português, oficinas de arte, terapia. Pelo projeto a casa será construída no lado brasileiro na fronteira, com orçamento estimado em 835 mil euros, cerca de R$ 3,5 (milhões) e será financiada pelo Brasil e a Guiana Francesa. “É um projeto importante para a Guiana Francesa e Oiapoque, que estão juntos na questão saúde“, elogia o deputado Jaci Amanajás, presidente da Comissão de Saúde (CAS) da Casa, mostrando preocupação com o fluxo de pessoas, que entrarão com doenças após a abertura da ponte binacional, prevista para ser inaugurada em julho deste ano, segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). “Esta obra será uma via de mão dupla, vamos torcer que saia do papel”, comentou o deputado Max da AABB, membro da CAS, que participou da sessão.
A presidente da CRE, deputada Luciana Gurgel, sugeriu que fosse encaminhado cópia do projeto de construção da casa de apoio aos deputados federais do Amapá, para a alocação de emendas. “Temos que buscar as alternativas possíveis”, frisou Luciana.
Representantes da Rede de Pessoas Vivendo, Fábio Daian e Antônio Santos, Marcia Pinheiro, presidente da Associação de amigas e Mulheres Positivas, o representante da Vigilância Sanitária, Ulisses Guimarães Neto, apoiaram a iniciativa da construção da casa de apoio e falaram das dificuldades encontradas quanto à falta de apoio no tratamento por parte do Governo do Estado e no dia-a-dia para exercerem suas atividades, sendo vitimas de Bulliyng. “Realmente necessita de um local desse molde na fronteira”, frisou Antônio Santos, parabenizando pelo trabalho realizado devido à falta de apoio em decorrência da distância da capital (Macapá).
O vice-presidente da CRE, deputado Paulo Lemos, colocou-se à disposição para ajudar os portadores em solucionar os problemas junto às autoridades. “Sinto envergonhado, em pleno século 21 ainda ver discriminações”, frisou Paulo Lemos.
O deputado Max da AABB, propôs que seja realizado uma reunião em conjunto das comissões de Saúde e Relações Exteriores, na busca de solucionar os problemas explanados pelos portadores. “Vou abraçar a causa de vocês”, finalizou o deputado, convidando-os a explanarem as dificuldades na comissão de Saúde. Durante a sessão foi agendada a realização de uma audiência pública, com data a ser definida para tratar com mais detalhes sobre o tema.
Arquivo:
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá - ALAP
Departamento de Comunicação Social - DECOM
Texto: Everlando Mathias | Foto: Jaciguara Cruz
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