Membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa cumpriram na tarde desta quarta-feira (27), agenda de visita a Unidade Mista de Saúde, do município de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros de Macapá. A comissão foi recebida pela administradora Soni Serra e a enfermeira Rosemary Conceição Lopes, que relataram às dificuldades enfrentadas no dia a dia da unidade, como falta de medicamentos, estrutura física para atender os pacientes, dificuldade para realização de exames. Falta até lençol para os leitos.
Para o presidente da comissão, deputado Jaci Amanajás (PROS), a falta de médicos, foi uma das reivindicações que mais chamou a atenção. “Apenas dois médicos divididos em escala de 15 dias para atender quase oito mil habitantes. Isso é muito pouco, deveria ter pelo menos quatro médicos”, frisou o deputado, elogiando a limpeza do local, que é feita por uma empresa terceirizada, mas considerou grave a falta de medicamentos básicos como antibiótico e material para curativo.
Construído há dois anos, mas não funciona, este é o retrato do prédio destinado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município. “Espero que nesse governo passe a funcionar, porque é de grande importância para a população que necessita de um atendimento, mas especializado na capital”, observa Jaci Amanajás.
A limpeza na unidade de saúde, desenvolvida pela empresa Bravha, também foi elogiada pelo deputado Max da AABB (PSB), mas chamou a atenção para a falta de água tratada e principalmente o não fornecimento de alimento para pacientes e acompanhantes. “Eles precisam trazer comida preparada de casa”, frisou o deputado relatando a falta de uma máquina adequada para lavar as roupas e desinfetar. “Eles usam uma máquina tanquinho, o que não é suficiente”, frisou.
Um item chamou à atenção dos deputados e técnicos da comissão, um depósito de lixo hospitalar localizado na parte de trás da unidade de saúde, há oito anos não é esvaziada. “Em vez de tirar o lixo, eles aumentam o tamanho do depósito”, desabafou a enfermeira, Rosemary Conceição Lopes, informando que, várias alternativas já foram apresentadas para solucionar o problema que persiste em desafiar as autoridades.
Com 25 anos de serviço público na unidade de saúde e a cinco meses no cargo de coordenadora, Soni Serras, disse que os problemas são comuns em todas as unidades, mas pediu aos deputados ajuda para realizar uma reforma no prédio, inaugurado em 1990 no Governo Jorge Nova da Costa. “A última reforma aconteceu em 1998”, frisou.
O deputado Jaci Amanajás, garantiu que vai tentar junto ao Governo do Estado, formas de viabilizar a reforma do prédio. “Não podemos deixar um prédio que atende a população, se acabar assim”, comentou o deputado Jaci. “As falhas aqui identificadas não são difíceis de corrigir, depende do empenho do poder público”, finalizou Jaci Amanajás.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá - ALAP
Departamento de Comunicação – DECOM
Direção – Cleber Barbosa | Texto: Everlando Mathias | Foto: Jaciguara Cruz
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