Os
médicos
demitidos são Luiz Alexandre da Silva, cirurgião, há 12 anos no cargo e
por muito tempo o único profissional na fronteira; Rosemary
Queiroz da Silva, clínica, um ano no emprego; Daniel de Quadro Dorneles,
clínico e André Cezar Coelho da Silva, cirurgião, esses dois últimos há
cinco
meses na função. Uma quinta médica, Maiara Aline Teixeira da Silva,
também
anunciou seu desligamento voluntário, em solidariedade aos colegas.
Os médicos
Daniel de Quadro e Rosemary Silva disseram que há alguns meses vêm sofrendo
assédio moral do diretor do hospital, que alega ser amigo do governador Camilo
Capiberibe e da primeira-dama Cláudia Capiberibe. “Muita vezes ele diz que pode
demitir quem quiser a hora que achar conveniente, sempre evocando o nome do
governador e da primeira-dama”, diz Rosemary. “Não temos certeza se
o governador e o secretário de saúde tem conhecimento dessas atitudes”, pondera
Daniel. Ambos alegam que não há motivo concreto para essa demissão, a não ser
mera perseguição por motivos pessoais, pois já existe, inclusive um processo
contra o gestor do hospital, por assédio moral, tramitando no fórum de
Oiapoque, movido pelos médicos perseguidos.
O deputado
Antônio Furlan (PT do B) disse que a demissão surpreendeu os deputados e que a
Assembleia, mediante requerimento de sua autoria, vai pedir esclarecimentos ao
secretário de saúde sobre o fato. “Independente disso, vamos trabalhar para
reverter esta situação. Não aceitamos, que por questões pessoais, a população
de Oiapoque de mais de 30 mil pessoas, que já sofre com as condições de
transporte, com uma estrada precária, fique sem assistência médica. Vamos
trabalhar para rever essa questão, mantendo os médicos no município”, afirmou.
Durante
a sessão, o presidente em exercício, deputado Júnior Favacho (PMDB)
protocolou Moção de Repúdio contra a demissão dos profissionais médicos,
que sequer respondem a algum procedimento administrativo que pudesse
sugerir descompromisso dos médicos com o serviço público. Favacho também
lembrou que os indicativos oficiais apontam para a necessidade de pelo
menos 12 médicos para atender a população de Oiapoque e que a demissão
dos cinco únicos em atividade lá poderá agravar ainda mais a situação da
assistência à saúde da população local.
RELEASE
11/06/2014
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento
de Comunicação – Decom
Direção do Decom –
Cleber Barbosa
Texto: Paulo
Oliveira | Foto: Gerson
Barbosa
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