A programação em homenagem aos 25 anos da inclusão da mulher na
Policia Militar do Estado do Amapá, teve mais uma parte na manhã desta
segunda-feira (9), na Assembleia Legislativa (ALAP). Um café da manhã com a
presença de várias oficias e praças, foi servido no Salão Nobre da Casa, com a
presença das deputadas Mira Rocha (PTB), autora da Lei que instituiu 1º de
junho, como Dia Estadual da Mulher Policial Militar e Bombeiro Militar e a
deputada Cristina Almeida (PSB), que fez parte da turma de 89 mulheres que no
dia 1º de junho de 1989 ingressaram nos quadros da instituição. Dessas 53 ainda
atuam na instituição. Desde então, as mulheres ascenderam profissionalmente e
passaram a desempenhar suas funções em diversos postos e graduações.
A 2ª vice-presidente da Casa, deputada Roseli Matos (DEM), no ato,
representando o presidente Junior Favacho (PMDB), parabenizou as pioneiras da
Policia Militar e também a todas as mulheres que compõe a instituição. “Nem
todas as pessoas nos olham como seres humanos capazes, ainda somos
discriminadas e limitadas em todos os aspectos. Estamos quebrando essas
barreiras gradativamente”, frisou a deputada, comentando sobre a vitória das
mulheres que hoje fazem parte do quadro da Policia Militar.
O ingresso da mulher nos quadros das policias Militares no Brasil
ocorreu através do Decreto Lei nº 2.016, assinado no dia 06 de fevereiro de
1984 pelo então presidente da república, João Batista Figueiredo. “Hoje a
Policia Militar do Amapá possui 755 policiais militares femininas, o que
representa 20,35% de um contingente acima de 3.700 militares. No Brasil o
percentual esta acima dos 50%. “A data marca 25 anos de profissionalismo,
persistência e inovação, oportunizou mulheres a realizar um importante serviço
nunca imaginado. Foi um importante passo para uma mudança de cultura
institucional”, comentou o coronel
Ailton, que ora representava o comandante geral da Policia Militar, coronel
Aclemildo Barbosa.
O deputado Manoel Brasil (PTN) também parabenizou as policias e disse
que, além de toda delicadeza e sensibilidade peculiar do sexo feminino, não vê
diminuída a eficiência no trabalho policial. "As mulheres integrantes da
PM asseguram maior equilíbrio a tropa e realizam excelente trabalho na
segurança pública. São 25 anos de compromisso, coragem, dedicação e
competência, no mesmo nível com os demais integrantes do sexo masculino, não
havendo razão para preconceitos e discriminação. Gostaria de ver um dia uma
mulher na presidência da Assembleia Legislativa, no comando-geral da Policia
Militar e no Executivo Estadual”, frisou.
Falando em nome das demais militares a Coronel Palmira das Neves Bittencourt,
falou das dificuldades e discriminação enfrentadas dentro da carreira militar,
revelando situações assustadoras que foram obrigadas a passarem, como: não
poderem ter filhos, não usarem calças e terem que usar coturnos pesados específicos
para os homens. “Com muita luta quebramos esses paradigmas. Hoje podemos olhar
para trás e dizer que valeu apena”, agradece.
A coronel Palmira foi a primeira mulher a comandar o primeiro Batalhão
da capital. Na Polícia Militar do Amapá, foi comandante do Batalhão Policial
Militar no período de março a agosto de 2009 e Ajudante Geral da PM entre
agosto e dezembro do ano passado.
É bacharel em Direito, possui especialização em Gestão Estratégica de
Defesa Social e Cidadania, pela Universidade Federal do Pará e IESP e Curso
Superior de Segurança Pública pela Escola de Formação de Oficiais do estado do
Rio de Janeiro. É mestre em Políticas Públicas e Cidadania, pela Escola de
Administração do estado do Amapá, onde defendeu a tese Vinte Anos da Inclusão
da Mulher na Polícia Militar do Amapá Estudo sobre as Relações Profissionais e
seus fenômenos naturais de gênero.
Finalizando a programação a Sargento Zélia, com 20 anos de Assembleia
Legislativa, fez seu agradecimento em nome das mulheres militares da ALAP.
RELEASE 09/06/2014
Assembleia Legislativa
do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de
Comunicação – Decom
Direção do Decom – Cleber
Barbosa
Texto: Everlando
Mathias
Foto: Gerson Barbosa e
Jaciguara Cruz
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