Ainda assim, o montante causou descontentamento entre
as categorias. O aumento será
concedido em partes, sendo 6%, para todos os servidores, a partir de 1
de abril; e os 5% - para os militares - retroativo a março. “O percentual
concedido pelo Estado é injusto a esses profissionais”, disparou a deputada
Mira Rocha (PTB). “Em conversa com alguns militares, eles confirmaram a
insatisfação com o percentual dado pelo governo, mas infelizmente não pudemos
mudar o texto e tenho que votar a favor, caso contrário, ficarão sem o benefício”,
arrematou a petebista. Os militares
queriam uma reposição de 16%. Houve uma conversa com o governo, que chegou a
garantir o percentual desejado pela categoria. Mas o reajuste ficou mesmo, em
11%.
O presidente
da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa, deputado Keka
Cantuária (PDT), defendeu que o governo faça um debate com as categorias antes
de enviar um novo projeto de reajuste. Segundo o parlamentar, o Estado tem
condições de conceder um aumento melhor para o funcionalismo público. O discurso de
Keka é com base nos números apresentados. Conforme o deputado, o governo teve
um percentual de aumento de 17% no orçamento deste ano. Em 2013 o Estado
trabalhou com R$ 4,7 bilhões. Em 2014, o valor sobe para R$ 5,151 bilhões.
O
parlamentar, também, esclarece que o reajuste concedido ficou muito próximo da
inflação. Destacou que os vilões que ajudaram a consumir o salário do
trabalhador foram os itens alimentação e bebidas – com 24% – e transporte e
habitação – com 18,64%. O acumulado ficou em 5,91%. “Com base
nesses números, o Estado teria como propor um reajuste melhor ao funcionalismo
público”, garante o parlamentar. “O gasto com pessoal chega a pouco mais de 40%
e isso dá uma grande folga ao governo, uma vez que a margem permitida pela Lei de
Responsabilidade Fiscal com pessoal é de 60%”, complementou.

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