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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Deputada Roseli Matos presta homenagem a Maria Natalina, uma das pioneiras do Marabaixo da Favela

Ao usar a tribuna, durante o Grande Expediente, a deputada Roseli Matos (PP) homenageou esta semana, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), a senhora Maria Natalina Silva da Costa, que, ao longo de sua história de vida, foi a "espinha dorsal" de sua família. Na busca pela superação do preconceito, Natalina sempre participou e apoiou as manifestações e movimentos no campo político partidário do Amapá.
De descendência negra, nascida no dia 27 de fevereiro de 1932, no Território do Amapá, quando fazia parte do estado do Pará, foi criada pela mãe, que era separada. Maria Natalina faleceu no dia 9 deste mês, aos 85 anos de idade. "Tive a oportunidade de homenageá-la aqui [na Assembleia Legislativa], no Dia Estadual do Marabaixo, comemorado em 16 de junho. A data foi escolhida para homenagear a Santíssima Trindade, por conta do Projeto de Lei nº 0049/10, do deputado Dalto Martins, já falecido, que constituiu a celebração", frisou a parlamentar.

Filha de dona Gertrudes Saturnino, pioneira do Marabaixo do bairro da Favela (hoje Santa Rita), em Macapá, Natalina aprendeu com sua mãe as tradições desta rica cultura, que soube transmitir a seus filhos, que hoje formam o grupo Berço do Marabaixo, no qual desponta, entre outros, a jovem cantora Lorrany Mendes. A deputada lembrou que o trabalho e a luta de Natalina como mulher negra amapaense foram ignorados pela história, entretanto, se mantém vivos na memória dos seus patrícios, o que lhe rendeu homenagens de reconhecimento pelo artista amapaense Val Milhomem, com a música Mão de Couro, e sendo tema do enredo do bloco Carnavalesco Gaviões da BR, no carnaval de 2008.

"Hoje Natalina é exemplo de mulher aguerrida, é uma referência do Marabaixo da Favela e foi uma das maiores incentivadora daqueles que trabalham na solidificação da cultura afro-amapaense, no contexto da sociedade", destacou a deputada Roseli Matos.

História

Filha de Gertrudes Saturnino e Raimundo Pereira da Silva, Maria Natalina Silva da Costa parou de estudar aos 10 anos de idade para ajudar a mãe nos serviços domésticos e de lavanderia para manter a sobrevivência dos quatro irmãos. Ainda adolescente, Natalina casou com Valdomiro Alves da Costa, com quem teve 13 filhos. Contrariando as ideias e vontades do marido, Natalina trabalhou nas mais diversas e humildes atividades, dentre as quais lavadeira, feirante, vendedora ambulante.

Em 1966, ingressou no serviço público como servente, trabalhando na Escola Alexandre Vaz Tavares. Buscando melhorar sua condição social e econômica, voltou a estudar supletivo, onde cursou o Projeto Minerva - fases I e II - e prestou exame supletivo, concluindo o 1º e 2º graus nessa modalidade de ensino, o que lhe permitiu fazer ascensão funcional passando para agente administrativo, com atuação na Secretaria Estadual de Educação, função na qual se aposentou.



AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Alap
Texto: Everlando Mathias
Fotos: Jaciguara Cruz
Portal: al.ap.gov.br
Blogger: casadeleis.blogspot.com
Facebook: Assembleia Legislativa do Amapá
TV Assembleia: Canal - 57.2
Rádio Assembleia: 93.9 FM

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