“Queria pedir aos senhores que nos ajudem a realizar um sonho: o de fazer uma faculdade. Que façam com que o Governo crie um polo da Universidade Estadual [Ueap] para que a gente possa continuar nossos estudos; ter uma profissão”, esta foi a reivindicação feita pela jovem Cleine Ferreira Correa, 17 anos, aos vereadores de Macapá, durante sessão itinerante da Câmara, realizada na última sexta-feira, 1º de maio, na Vila Progresso, no arquipélago do Bailique.
O deputado estadual Paulo Lemos (PSOL), que esteve no evento representando a Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), sensibilizou-se com o pedido espontâneo da jovem e abraçou a reivindicação. Garantiu a ela que irá articular com o Governo do Amapá a criação de um polo da Ueap para atender as necessidades dos jovens do arquipélago que concluem os estudos na região, porque a maioria não possui meios para fazer a graduação em uma universidade na capital.
“Penso que é viável para o governo a criação de um polo da Ueap aqui no Bailique”, destacou o deputado durante a sessão. “Não medirei esforços para atender ao pedido dessa jovem que, a meu ver, simboliza a força de vontade dos jovens do arquipélago que clamam pela conclusão de seus estudos e prospectam um futuro melhor para eles e suas famílias”, reiterou.
Paulo Lemos é professor efetivo de História no Governo do Amapá e seu mandato tem como princípio a luta em defesa da educação. Na semana que vem, o deputado deve articular audiência com o governador Waldez Góes para expor os anseios dos jovens do Bailique em cursar uma faculdade.
A história de Cleine reflete a vontade de outras dezenas de jovens que buscam por um futuro melhor, diferente da realidade a qual vivem hoje. “A gente se empenha nos estudos, conclui o Ensino Fundamental e Médio; temos a vontade de cursar uma faculdade, mas não temos condições de sair daqui para morar na capital. Tenho sonho de me tornar advogada. Além disso, conseguir emprego aqui é difícil, não há mercado de trabalho”, revela a moça.
O mesmo anseio de Cleine é compartilhado pela amiga Adriana Amoras Santana, de mesma idade, que no ano passado concluiu o Ensino Médio e hoje sonha em cursar Pedagogia. Ambas esbarram na questão financeira para arcar com os estudos em Macapá. “A gente espera que o governo se sensibilize e nos ofereça, através da criação do polo, um futuro melhor”, diz Adriana.
Poucos são os jovens, nascidos e criados no Bailique, que tiveram a oportunidade de cursar uma universidade. A motivação de Cleine tem como referência dois de seus irmãos, que tiveram a chance de concluir os estudos e hoje cursam Pedagogia em Macapá. “Quero seguir o mesmo caminho deles. E se não for possível o Direito, pode ser Pedagogia. O que eu realmente quero é ter uma formação, estudar numa universidade. Oferecer melhor condição de vida a minha família”, pretende a jovem.
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