A deputada estadual Marília Góes (PDT) recebeu na manhã desta sexta-feira, 17, o Deputado Estadual paraense, Júnior Ferrari (PSD). O encontro faz parte de uma agenda de trabalho proposta pela deputada para discussão a cerca da legalização da madeira de várzea das ilhas do Pará que abastecem o mercado madeireiro do Amapá. Gestores das pastas de meio ambiente e desenvolvimento rural do Estado, bem como representantes do comércio de madeira e móveis, acompanharam a reunião e irão compor o grupo de trabalho que tratará do assunto.
A madeira de várzea é aquela que cresce em áreas próximas às margens do Rio. Cerca de 80% da madeira vendida aos amapaenses vem das ilhas do Pará. O problema desse comércio, é que a madeira que vem do estado vizinho não é legalizada, sendo assim, o comerciante amapaense que compra o produto para beneficiamento, venda ou produção de móveis, também o faz de forma ilegal.
Jeremias Azevedo, vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira do Amapá, falou sobre essa problemática: “a grande maioria da madeira comprada vem do Pará, mas por ela ser ilegal são constantes as apreensões do nosso produto e as multas recebidas quando constatada a irregularidade. A culpa não é do comprador amapaense que precisa do material para tocar o seu trabalho, mas da falta de legalização do lado de quem nos vende a madeira. Por essa razão, esse grupo de trabalho é uma esperança para nosso setor”.
Trabalhadores de estâncias do Canal do Jandiá, Pedrinhas e Santana estiveram presentes. Segundo o sindicato, eles representam cerca de quatro mil famílias envolvidas diretamente no comércio da madeira em todo estado.
Proposta
Planos de manejo comunitários são a forma mais eficaz e menos burocrática para a legalização dessa madeira comercializada, mas a construção desses planos exige, além de disponibilidade técnica do Governo do Pará, uma decisão política entre os gestores do executivo.
A proposta deste grupo de trabalho é levantar soluções que possam ser apresentadas aos governadores Waldez Góes, do Amapá e Simão Jatene, do Pará, a partir da união de esforços entre as Assembleias Legislativas de cada estado. Por esse motivo a inclusão do deputado paraense Júnior Ferrari no grupo de trabalho.
“Eu agradeço a iniciativa da deputada Marília e inicio essa discussão com o compromisso de articular a resolução do assunto junto aos demais deputados da Assembleia Legislativa e junto ao governador Jatene”, destacou o parlamentar.
A deputada Marília Góes ressaltou a pressa em pôr fim a ilegalidade dessa venda de madeira que pune injustamente o comprador e o comerciante amapaense. “Essa discussão veio dos próprios setores envolvidos nesse comércio e nós precisamos dar uma resposta. É uma questão de vontade política que perpassa pelo Poder Legislativo e será apresentado ao Poder Executivo dos dois estados para que os governos encontrem uma forma de cooperação técnica que beneficie essas quatro mil famílias que dependem dessa renda”, acrescentou.
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Gabinete da Deputada Estadual Marília Góes – PDT
Marcelle Nunes - Assessora de Comunicação - (96) 98106-4232
Nenhum comentário:
Postar um comentário