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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

DaLua apoia PL que combate violência obstétrica e apresenta texto substitutivo como forma de ampliar o debate

O deputado estadual Pedro DaLua (PSC) protocolou um texto que busca ampliar a discussão sobre a violência obstétrica no Amapá. No ano passado, por meio do Projeto de Lei ‪025/2017‬, a deputada Roseli Matos (PP) já havia levantada esta bandeira. O texto de DaLua, protocolado com o número ‪011/2018‬, busca aprimorar o texto original a partir das discussões que ocorrem na Câmara dos Deputados, onde tramitam três textos sobre o tema. DaLua propõe que a autoria da proposição continue sendo da deputada Roseli Matos.
"A intenção é apenas contribuir ao debate", afirma. O texto será lido na sessão desta terça-feira, 20, e depois segue para a Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Cidadania (CJR) para a fusão das duas propostas.

Ele explica que ouvir gracinhas e grosserias, passar por procedimentos humilhantes e desnecessários e informações não repassadas com clareza são algumas das situações que grande parte das mulheres passa no pré-natal e na hora do parto. "Para evitar todos esses tipos de violência obstétrica, que envolvem ofensa verbal e física, é preciso criarmos normas para punir a violência obstétrica", acrescenta o deputado.

Tanto o projeto anterior da deputada Roseli Matos quanto o substitutivo, proposto por DaLua, preveem a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente. Dentre elas está a elaboração de uma cartilha pela Secretaria de Saúde sobre os direitos da mãe e do bebê e também a exposição de cartazes sobre o tema em hospitais, unidades de saúde e demais locais de atendimento à gestante. O objetivo é conscientizar as gestantes para que conheçam seus direitos.

DaLua acrescenta que a maioria das mulheres nem sabe quais situações configuram violência, por isso "a lei é uma ferramenta para que elas saibam que têm direito a um tratamento humanitário na hora do parto". 


Algumas violências obstétricas citadas no PL ‪011/2018‬

  • Tratar a mulher de forma grosseira, não empática, grosseira, zombeteira;
  • Recriminar a parturiente por gritar, chorar ou ter dúvidas;
  • Não ouvir as queixas da mulher;
  • Fazer a gestante acreditar que precisa de uma cesariana quando não é necessário;
  • Impedir que seja acompanhada por alguém de sua preferência durante o trabalho de parto;
  • Submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários e humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos e posição ginecológica de pernas abertas;
  • Deixar de aplicar anestesia quando for requerida;
  • Proceder a episiotomia quando não é imprescindível;
  • Fazer qualquer procedimento sem previamente pedir permissão e explicar, com palavras simples, o que está sendo oferecido ou recomendado;
  • Submeter o bebê saudável a aspiração de rotina, injeções na primeira hora de vida sem antes ter contato com a mãe;
  • Retirar da mulher o direito de ter o bebê ao seu lado depois do parto no alojamento e de amamentar em livre demanda;
  • Não informar a mulher com mais de 25 anos ou dois filhos sobre seu direito à ligadura nas trompas gratuitamente nos hospitais conveniados ao SUS.


AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Alap
Texto: Gabinete Deputado Pedro DaLua
Fotos: Jaciguara Cruz
Portal: al.ap.gov.br
Facebook: Assembleia Legislativa do Amapá
TV Assembleia: 57.2
Rádio Assembleia: 93.9 FM

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