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domingo, 21 de maio de 2017

Comissão de Administração Pública faz inspeção nos municípios de Amapá e Calçoene.

O presidente da Comissão Permanente de Administração Pública da Assembleia Legislativa - CAP/ALAP, deputado Fabrício Furlan (SD), acompanhado de técnicos da comissão, realizou visita de inspeção a órgãos estaduais no município de Amapá.
O parlamentar iniciou inspeção pelo pelotão da Polícia Militar sediado na cidade, onde foi recebido pelo comandante em exercício, sargento Sávio, que mostrou as instalações do prédio e falou sobre a sua precariedade.


Entre as maiores dificuldades enfrentadas pelos militares, segundo o sargento, estão, o contingente reduzido, as péssimas condições do prédio do pelotão, principalmente o alojamento dos militares, a precariedade da casa de armas e a insuficiente cota mensal de combustíveis que segundo ele, é em torno de 100 a 200 litros de gasolina.
  
“Estamos funcionando com muitas dificuldades, a começar pelo nosso contingente de apenas 8 homens. Diante disso, torna-se necessário o revezamento, ou escalas extras, para compor uma guarnição mínima de 3 policiais. Em certas ocasiões essas escalas extras se tornam exaustivas para o policial e podem até comprometer a eficiência do PM. Nossos equipamentos de ar condicionado foram danificados por queda de energia elétrica o que acabam impedindo a presença de alguns policiais que preferem permanecer em outros imóveis”, declarou o sargento.

Para o presidente da ASMEAP, tenente Elielson a presença do Parlamento Estadual no município. representa um avanço e renova as esperanças em dias melhores.

“A visita de representantes da Assembleia Legislativa aqui no Amapá é muito importante, para mostrarmos a situação que os nossos militares estão enfrentando em razão do número reduzido do nosso efetivo policial. A presença do deputado Furlan nos dá a sensação de estarmos bem representados e faço votos de que esta iniciativa renda frutos. Que seja cobrado do Governo do Estado o cumprimento dos direitos da nossa população”, avaliou.
  
No prédio da PM, o deputado Fabrício Furlan constatou várias irregularidades e a existência de uma possante lancha, doada à PM, equipada com dois motores de 150 hp, cada, que seria utilizada no policiamento fluvial , se fosse adquirida uma bateria e tivesse combustível suficiente.




“Verifiquei que esta obra foi inaugurada em 2007 e não tem recebido a manutenção necessária. Esses militares estão trabalhando de forma precária e não estão tendo seus direitos respeitados. Não tem viatura para condução de presos. Eles são transportados na mesma viatura que leva os policiais, oferecendo até mesmo perigo de vida. Verifiquei, também, que aqui existe uma lancha que poderia ser utilizada no combate a crimes de tráfico de drogas e de pirataria nos rios do município. Sobre o prédio, constatei que não reúne condições humanas de acomodação, pois não tem ar condicionado, não tem beliches nem colchões. O banheiro foi transformado em depósito. Uma caixa d’água, cujas bombas sempre dão problemas e um poço que nunca foi limpo. O combustível é insuficiente para que o policiamento seja estendido às comunidades do entorno da cidade, como as comunidades do Pequiá e Cruzeiro, entre outras. Enfim, não existem condições nenhuma, sejam elas, de estrutura física, ou de pessoal”, constatou.

Em seguida, a comitiva dirigiu-se à delegacia de Polícia Civil, onde foi recebida pelo delegado Tito Guimarães, que também reclamou das péssimas condições da delegacia, onde as celas não apresentam condições segurança para custódia de presos, sendo que uma delas é usada para armazenamento de combustíveis, e uma outra, que está com um enorme buraco por onde já ocorreram fugas de presos. 

Outra situação nada agradável detectada, foi o depósito de veículos e materiais apreendidos, no fundo do quintal da delegacia, onde o muro desabou, com motos apreendidas, se deteriorando a céu aberto e cobertas pela vegetação.

“É importante que a Assembleia Legislativa fiscalize a situação estrutural predial, converse, explique a demanda da segurança pública que é muito grande aqui no município. E compete a Assembleia Legislativa cobrar ações do Poder Executivo, seja lá quem for o governo, para a solução dos problemas”, defendeu o delgado Tito Guimarães.

Para o deputado Fabrício Furlan, o delegado Tito Guimarães sintetizou a realidade que o órgão vive no município.

“O delegado disse tudo, sintetizou em poucas palavras e descreveu as dificuldades, seja de pessoal, de viatura e até, combustível. e, compete a nós cobrar do executivo, independente do governo que for, seja ele a ou b. concordarmos com ele sobre o aproveitamento da estrutura que foi do hotel, para um centro integrado de segurança pública. Não adianta apenas virmos aqui e levantarmos o problema. Faremos relatório e encaminharemos requerimento ao Poder Executivo para que sejam tomadas as devidas providências. As ideias são boas, entre as quais, a de fazer uma doação do prédio onde funciona a delegacia, para que a prefeitura construa um centro administrativo. A demanda aumenta todo o dia e, se não estivermos atentos, vamos virar caranguejo, que anda de lado ou para trás”, concluiu.

A comitiva da CAP encerrou a inspeção no município de Amapá, com uma visita ao local onde funcionou o Hotel de Trânsito do antigo Território Federal, hoje em ruínas, completamente coberto pelo matagal, e seguiu viagem para a cidade de Calçoene, concluindo a viagem de inspeção à Região Norte do Estado, com visitações à delegacia de Polícia Civil e à estação de captação de água da Companhia de Água e Esgoto.





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