Os deputados que compõem a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa do Amapá, participaram na tarde desta terça-feira (14), da sessão itinerante no município de Mazagão. A proposta feita pelo presidente da comissão deputado Charles Marques (PSDC) teve como pauta discutir junto com a comunidade, vereadores dos municípios de Santana e Mazagão e autoridades locais o projeto de Lei de autoria de deputada Roseli Matos, que denomina a ponte que esta sendo construída sobre o rio Matapi de Washington Elias dos Santos, conhecido por Vavá Santos.
No iniciou dos trabalhos que aconteceu na Câmara de Vereadores do município, o presidente da CCJ, comentou que o objetivo da sessão itinerante é aproximar a população dos deputados. “É importante à população manifestar sua opinião”, frisou Charles Marques.
Por mais de três horas a comissão ouviu depoimentos emocionantes dos vereadores José Hosana Nunes da Silva, Domingos do Socorro Pereira Belo, conhecido por Louro, Benedito da Silva Braga, conhecido por professor Boneca e a presidente da Câmara de Mazagão, Leni Lima da Cruz e o vereador do município de Santana Richard Madureira.
A deputada Roseli Matos, garantiu que o projeto estará na ordem do dia da sessão do dia 21 deste mês, e convidou os vereadores de Santana e Mazagão, além de Antônio Elias e autoridades a prestigiarem a votação do projeto.
O filho do homenageado Antônio Elias, agradeceu a iniciativa da deputada Roseli Matos, em lembrar o nome do seu pai Washington Elias dos Santos para um monumento importante para o crescimento do município de Mazagão. Participaram da sessão o deputado Fabricio Furlan e a relatora do projeto, deputada Edna Auzier, que parabenizou o deputado Charles Marques. “Ao analisar o projeto na comissão o deputado sugeriu que fosse discutido com a comunidade e as partes interessadas. Você faz a diferença deputado Charles”, frisou a deputada, antes de ler o relatório final da comissão.
Nascido no dia 19 de janeiro de 1920, na Vila de Mazagão Velho, Washington Elias dos Santos, filho do comerciante Inácio Elias dos Santos e da Professora Antônia Silva dos Santos, vestiu o uniforme do Exército do Brasil e foi combater os nazistas e os fascistas em solo italiano em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. O soldado Washington ainda estava na caserna em Belém do Pará, quando teve início o recrutamento dos pracinhas que iriam fazer parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Washington retornou ao Brasil em outubro de 1945. Quatro anos depois, levantou acampamento em companhia de nove homens para fazer uma estrada, tendo por bússola o sol, por teto: o céu e mata, por segurança: seus companheiros. Mais uma bravura na Amazônia desconhecida.
Percorreu a pé 34 quilômetros através de lagos e igapós, rios e matas virgens e após, três dias de viagem mal dormida e mal alimentada, chegou ao lugar Jaburu, às margens do rio Vila Nova e desceu para Mazagão. Esse pioneiro sonhou a estrada sócia econômica que hoje existe com 29 quilômetros, demonstrou sua viabilidade aos descrentes da época. Gastou de seu bolso na ocasião mil e quinhentos cruzeiros, para satisfazer um desejo criador, com pensamento voltado para seu povo. “Vive na memória da comunidade amapaense, esse fato memorável desse expedicionário da FEB, um dos homens com quem o Brasil poderá contar para todos os momentos”, publicou o ex-prefeito de Mazagão no Jornal Folha do Povo, em 11 de março de 1964, artigo que narra toda a saga do homenageado no desbravamento da estrada de Mazagão.
Departamento de Comunicação - DECOM
Texto: Everlando Mathias | Foto: Jaciguara Cruz
Youtube: TV Assembleia Amapá
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