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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Governador mente de novo para explicar a derrota nas urnas, diz a Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) reagiu nesta sexta-feira (26) à entrevista concedida pelo atual governador Camilo Capiberibe (PSB) ao portal de notícias G1. Na reportagem, ele dá a entender que pode ter sido por culpa da ALAP sua derrota nas urnas, quando entrou para a história como o único governador do estado a não conseguir a reeleição. O argumento usado, de que “poderia ter dado dinheiro aos deputados”, acaba sendo um salvo-conduto do Legislativo, que jamais inviabilizou seu governo, ao contrário, deu aval a muitas de suas demandas, como aprovar a incorporação da regência de classe dos professores, medida apontada por Camilo, à época, para garantir o piso salarial da categoria.
Em nota distribuída à imprensa, o Parlamento Estadual rechaça com veemência o posicionamento de Camilo, a quem os deputados acusam de mentir reiteradamente na tentativa de sempre atribuir a outras pessoas sua total falta de habilidade política para sair da desconfortável posição de desgaste político por conta de sua “desastrosa forma de governar”.

A seguir a íntegra da Nota Oficial da Assembleia Legislativa:

Nota à Imprensa

A Assembleia Legislativa do Amapá manifesta publicamente seu repúdio ao posicionamento do governador Camilo Capiberibe (PSB) por ocasião de entrevista concedida ao Portal G1, intitulada “Poderia ter dado dinheiro aos deputados”, publicada nesta sexta-feira (26). Trata-se de mais uma das habituais e mal engendradas artimanhas para tentar reverter sua situação perante a opinião pública, que vem lhe garantindo o título de governante pior avaliado na história do Amapá, por sua desastrosa forma de governar.
Para a construção de sua linha argumentativa, Camilo usa uma velha prática do PSB local, a mentira. A entretégia, aquela de que uma mentira repetida mil vezes vira verdade, copia a tese de Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista. Se não vejamos:

- O governador alega que não contou com o apoio da Assembleia Legislativa porque os deputados queriam cargos na gestão.

Mas foi ele próprio quem convidou deputados para assumir secretarias e órgãos da administração direta, sob a alegação de que eles poderiam contribuir tecnicamente e principalmente no relacionamento político de seu governo, que admitia ser ruim. Foram três parlamentares cedidos pelo Legislativo para comandar Setrap, Sead e SDR, além de outras pastas entregues a indicados por parlamentares, como o Hemoap, Sema e  Pescap.

- A forte oposição na Assembleia teria obstruído seu governo.

Além da contribuição com a cessão de deputados para a gestão, sendo que um deles chegou a ser apontado como o melhor gestor entre o secretariado – o deputado Bruno Mineiro – a Assembleia Legislativa jamais se furtou de votar e aprovar medidas importantes que eram de interesse do estado, como os empréstimos bilionários junto ao BNDES, assim como Caixa Econômica Federal e o próprio processo de Federalização da CEA, a Companhia de Eletricidade do Amapá. Esse aporte de recursos foi o que garantiu a implementação de obras e serviços públicos que chegaram a amenizar o desgaste do governador, que projetou poder disputar a reeleição.

- Que deu reajuste de 24% aos professores do estado.

Na verdade, o que houve foi uma manobra para maquiar ter alcançado o piso salarial da categoria, enviando para a Assembleia Legislativa um projeto que incorporou a gratificação de Regência de Classe ao vencimento dos trabalhadores, induzindo o Parlamento ao erro. Essa questão hoje está judicializada, pois os professores alegam que quando da aprovação da Lei do Piso Salarial Nacional, havia previsão de que os chamados penduricalhos não poderiam ser incorporados. Hoje, a classe dos professores reclama uma perda de 26% em seus ganhos.

- De haver cumprido as promessas de campanha.

Para sustentar tal afirmação, cita o programa Minha Casa Minha Vida, que contemplou o Conjunto Cidade Macapaba. Na verdade trata-se de um programa federal que se consorcia com os estados participantes. Na matéria, mais uma vez, usa de manobra e jogo de palavras, ao afirmar que o evento de inauguração “contou com a presença da presidente Dilma”. Na verdade ela veio entregar a obra, que é do Governo Federal.

- Sobre atraso de pagamento do funcionalismo da Assembleia Legislativa.

Na oportunidade, a Assembleia Legislativa esclarece que por ocasião do repasse legal da segunda parcela do Duodécimo de dezembro do Poder Legislativo, o Governo do Estado depositou R$ 1 mil reais na conta da ALAP, uma demonstração patente de despotismo e irresponsabilidade. A falta desse repasse legal, impossibilitou o pagamento da folha de pessoal do mês de dezembro do Legislativo, que às suas expensas, já havia garantido as duas parcelas do 13º salário de seus funcionários. A Assembleia já acionou judicialmente o Executivo e espera deferimento de seu pedido para prosseguir com a execução orçamentária até o fim do exercício financeiro deste ano.

Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – DECOM
Diretor do Decom – Cleber Barbosa

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