Nos
últimos dias estamos presenciando e sentindo na pele uma onda de violência
praticada em todos os cantos do país, nas grandes e pequenas cidades. Aliás, o
fenômeno já não é atributo das grandes cidades ou certo segmento da sociedade. A
violência envolve hoje, tanto bairros pobres quanto os nobres de todo o Brasil.
Um fato que vem mudando os hábitos da sociedade, e interessa a todos nós. O
cidadão está cada vez mais perdendo a sua liberdade de ir e vir por conta do
alto índice de violência que perturba, por seu grau de crueldade que beira à
barbárie, e, sobretudo, pela falta de medidas enérgicas que possam dá um basta na
dor, na humilhação e no sentimento de impotência que atingem as vítimas e as
pessoas que a elas se solidarizam.
A
cada dia cresce o sentimento de insegurança e a percepção da ausência do estado
seja na segurança, na educação ou saúde. Na verdade, há tempos a sensação e a
realidade objetiva é que nada se faz para mudar essa situação, efetivamente.
A
sensação de insegurança, o medo, a falência e ausência do estado estão fazendo até
com que as pessoas acreditem que a solução seria a atitude extrema de se fazer
justiça com as próprias mãos, o que não pode acontecer. Na verdade, o estado de
violência vem gradativamente se internalizando em cada indivíduo ao ponto que
até os mais pacifistas veem tal atitude (de se fazer justiça com as próprias
mãos) como algo “compreensível”. E diante disso, o crime só cresce,
especialmente envolvendo os jovens.
Os
casos de violência nos deixam com o medo de não mais poder sair de casa e frequentar
lugares públicos. A morte do sargento L. Vieira que morreu em uma troca de
tiros com assaltantes em um restaurante no centro da cidade chocou ainda mais a
sociedade. Um verdadeiro herói que defendeu a vida de dezenas de pessoas ali
presentes. Uma situação lamentável. À família do sargento e a Policia Militar
os nossos sinceros sentimentos.
Temos
que reconhecer a importância da Polícia Militar. Temos que valorizar o trabalho
desenvolvido por essa brilhante corporação que precisa de muito mais estrutura
para desenvolver o seu trabalho com eficiência. É preciso valorizar cada
militar que doa a sua vida em defesa da população.
Mas
o fato é que, Macapá é uma cidade pequena e já é uma das mais violentas do
país, e parece que o estado não admite, fazendo de conta que está tudo
perfeito. Parece que nossos governantes vivem mesmo num mundo do faz de conta,
sempre naquele discurso de que “já fizemos” ou “estamos fazendo muito”,
enquanto a população sofre, e quando na realidade, com relação às ações
governamentais e resultados concretos, nada se vê!
Os
homicídios vêm aumentando, os assaltos praticados por menores, estupros, as
mortes por motivos banais, enfim, não estamos vivendo, estamos sobrevivendo!
Problemas e inquietações que nos fazem refletir sobre a vida e nos indagar: onde
vamos parar? O que o estado irá fazer senhor governador? Será que voltaremos ao
estado de barbárie e à irracionalidade?
A
raiz da questão é muito mais profunda. Falta segurança sim, mas o que nos falta
principalmente, é termos uma educação pública de qualidade, saúde, e o mínimo
de oportunidades para se viver dignamente: social, física, intelectual e
economicamente.
Erraremos e
pagaremos por omissão, incompetência, descaso, burrice? Ou porque queremos
mesmo? Há a necessidade de se fazer alguma coisa no Amapá
antes que seja tarde, porque do jeito que está não pode ficar!
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá - ALAP
Gebinete do deputado Dr. Furlan (PTB)
Texto - Rosiane Almeida (Assessora de Comunicação)
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