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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Porto Grande já sente o desaquecimento após acidente na Anglo, diz deputado

O deputado estadual Charles Marques (PSDC), que preside a Comissão Parlamentar Especial (CPE) destinada a acompanhar as investigações do acidente no porto da Anglo American, disse nesta quinta-feira (18) que o município de Porto Grande, a 108 quilômetros de Macapá, já sente um desaquecimento em sua economia provocado pela tragédia santanense. Porto Grande foi o primeiro município a sediar uma audiência pública da CPE, na noite de quarta-feira (17), no Centro Comunitário da cidade.
Os debates em Porto Grande reuniram autoridades locais, como o prefeito Antônio Pereira de Souza, o Tonho do Matapi, além de vereadores, lideranças, moradores e parentes de funcionários ainda desaparecidos no acidente. “Houve quem imaginasse que o acidente lá no porto de Santana não teria impacto em Porto Grande, mas não foi isso o que constatamos após a consulta popular feita na audiência pública”, disse Charles Marques, que esteve acompanhado dos deputados Jorge Salomão (relator) e Roseli Matos (membro).
Entre esses impactos, segundo relatos feitos no evento, está a drástica redução do movimento de transporte de minérios. “Ocorre que não só a Anglo utilizava o trem que corta o nosso município em direção ao porto para o embarque de minérios. Outras mineradoras menores, como a Unagem e a Zamapá também, e isso a cidade já percebe com o movimento mais fraco nos restaurantes e meios de hospedagem”, disse o prefeito da cidade.
 O representante da Anglo American no evento foi o gerente de relações com a comunidade, engenheiro Bruno Cei. Ele explicou que não há registros de demissões e nem de interrupção do processo de lavra do minério, nas minas em Pedra Branca do Amapari. “Mas as empresas contratadas para terceirizar etapas como o transporte podem ter reduzido o movimento, pois os contratos são pagos por produção”, disse ele. O representante da mineradora também disse que uma nova área está sendo destinada em Santana para a estocagem do minério produzido, mas que sua capacidade é para mais quatro meses de produção.
Na noite de quinta-feira será a vez de Pedra Branca do Amapari sediar uma audiência pública da Comissão Parlamentar da Assembleia Legislativa. Na sexta-feira os deputados e todo o corpo técnico da CPE estarão em Serra do Navio, para também ouvir direto dos moradores os impactos provocados desde a ocorrência do acidente. A comitiva retorna a Macapá na manhã de sábado.

Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Comissão Parlamentar Especial – CPE
Assessoria de Imprensa

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