Deputados ouvem representantes do MPE e Tjap de Laranjal do Jari

O encontro dos deputados das comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos com as representantes do Ministério Público Estadual e do Fórum, ocorrido na manhã desta quarta-feira (11), em Laranjal do Jari, revelou a distância que há entre eles com os demais setores ligados à segurança pública. Esse distanciamento ficou claro nas palavras da juíza Marina Vidal, diretora do Fórum.

Segundo a juíza, o Fórum tem trabalhado em parceria com o Ministério Público na luta para reduzir a impunidade. Segundo ela, Laranjal é o terceiro município mais violento do estado. A juíza também falou sobre a falta de apoio aos setores ligados à segurança pública. "Por conta da falta de estrutura, os trabalhos do Ministério Público Estadual e do próprio Fórum não aparecem", complementa.

"Assalto com uso de facas é um dos mais frequentes e os alvos dos bandidos são pessoas com celular. À noite, tem área que não podemos transitar", alertou a promotora de Justiça Samille Alcolumbre. A juíza revelou também que o Fórum já faz suas audiências por vídeo conferência. "Isso facilitou e acelerou o nosso trabalho, porque o agente não precisa se deslocar com o preso do Iapen para o município". Por outro lado, lamentou a falta de um minipresídio na região. "Um preso que é condenado em regime semiaberto, ele paga a pena lá no Iapen, como se fosse fechado, porque não temos um minipresídio aqui".

Os dados apresentados deixaram os parlamentares surpresos, mas também animados com o trabalho que poderá ser desenvolvido na região, a partir da audiência pública. Explicaram também que a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amapá é nova e vem justamente para debater e encontrar ferramentas para que os setores ligados à área possam ganhar suporte por meio dos deputados junto ao governo estadual.

"Começamos a percorrer os municípios justamente em busca desses dados. Até porque sabemos que as estatísticas são defasadas, e receber informações assim, diretas das fontes, é melhor. Passamos a ter um diagnóstico real do verdadeiro quadro da segurança pública", disse o presidente da comissão, deputado Jory Oeiras.

A integrante da Comissão de Direitos Humanos, deputada Raimunda Beirão (PMB), deixou a reunião animada com o futuro que o município pode ter, tanto na área da segurança quanto na social. "Fiquei satisfeita com as declarações da diretora do Fórum, pois tivemos a certeza que está sendo desenvolvido um trabalho onde os presos tenham seus processos julgados e também possam cumprir suas penas dentro da conformidade da lei", disse.

Também participaram do encontro o deputado Charles Marques (PSDC) e a deputada Janete Tavares (PSC).

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS – Alap
Texto: Emerson Renon
Fotos: Michael Anderson
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