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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Deputados, autoridades e população discutem prioridades para solucionar problemas que afetam a segurança pública no Vale do Jari

Falta de estrutura, ausência de policiais e escassez orçamentária. Apenas três de muitos questionamentos feitos na audiência pública realizada na noite desta quarta-feira (11), no plenário da Câmara de Vereadores de Laranjal do Jari, pela Comissão de Segurança Pública do Poder Legislativo. Por mais de três horas, integrantes da comissão, representantes do Ministério Público Estadual, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, além da sociedade civil organizada, debateram a segurança pública no Vale do Jari.

A promotora de Justiça Samille Alcolumbre foi taxativa ao dizer que a falta de estrutura das polícias criou uma sensação de insegurança na cidade. Outro problema levantado pela promotora é o escasso recurso destinado à segurança pública. “A Militar é irmã para prevenir e a Civil irmã para punir. Sem esses serviços, para ir até o flagrante e sem a investigação, o processo não chega ao Ministério Público Estadual e nem ao Fórum”, explicou Samille. Ela fez um pedido aos deputados. “Vocês podem fazer a alteração orçamentária, principalmente no da segurança pública”.

O deputado Charles Marques (PSDC) lembrou que no governo passado o “Legislativo passou o orçamento da Polícia Militar de R$ 8 milhões para R$ 16 milhões, mas o chefe do Executivo remanejou para propaganda. E também a Assembleia retirou R$ 24 milhões do próprio orçamento e passou para a Saúde”.

O prefeito de Laranjal do Jari, Márcio Serrão (PRB), disse que o município não tem recurso para equipar a guarda e conta com o apoio da Polícia Militar (PM). Juntos desenvolvem o trabalho de prevenção no combate à violência. A guarda conta com pouco mais de 130 agentes e o quartel da PM no município com pouco mais de 90 policiais para atender a região. “A Polícia Militar nos ajuda e nós também contribuímos com o quartel, com outros serviços, para que os policiais possam desenvolver suas atividades. O que não é o suficiente para resolver esse grande problema, que é a violência no Jari”. Ele ressaltou que a área baixa ainda é a que mais preocupa, onde 60% da população reside e lá que está o maior índice de violência.

A representante do Vale do Jari no Parlamento Estadual, deputada Raimunda Beirão (PMB), que já foi vítima da violência, destacou que a cidade de Laranjal é a terceira maior do estado e é considerada a terceira mais violenta. Ela garantiu aos populares que continuará a lutar pelo aparelhamento das polícias Militar e Civil, além da Guarda Municipal. “É mais um compromisso que assumi com as famílias do Vale do Jari”.

O deputado Jaci Amanajás disse que é difícil falar do expressivo crescimento da violência, mas admite que é preciso fazer um trabalho permanente no combate à violência. Para o parlamentar, aumentar o efetivo e melhorar a distribuição orçamentária do Estado não serão o suficiente se não valorizar a família. “A família é um dos pilares na prevenção da violência”, disse.

A deputada Janete Tavares (PSC) também sustentou o resgate familiar, mas adiantou que o Parlamento irá debater a oxigenação orçamentária para a segurança pública. “Iremos avaliar o orçamento do Estado e acredito que todos irão concordar em reavaliar os valores apresentados pela equipe econômica do governo”.

O presidente da comissão, deputado Jory Oeiras (PRB), garantiu aos populares que participaram da audiência pública que todos os argumentos apresentados irão compor o relatório, o qual será levado ao conhecimento do governador do Estado, Waldez Góes (PDT), para traçarem metas que possam melhorar o serviço ofertado pelos setores ligados à segurança. “Tudo o que queremos é criar condições para que as polícias possam desenvolver suas atividades, como o Ministério Público e o Fórum, que dependem desses serviços, e assim criar na cidade a sensação de segurança”.

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS – Alap
Texto: Emerson Renon
Fotos: Michael Anderson
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