O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Roberto Mangabeira Unger, reforçou na manhã desta terça-feira (5) o discurso de construção de estratégia de desenvolvimento baseada em ampliação de oportunidades econômicas e capacitações educacionais para os estados do Norte do país. A declaração foi dada logo após a visita de Mangabeira na Companhia Docas de Santana, acerca de 17 quilômetros de Macapá.
“A Amazônia pode ser a vanguarda desse novo projeto nacional e o Estado do Amapá tem imensas vantagens comparativas para organizar uma indústria madeireira contemporânea sustentável para aproveitar as suas riquezas minerais e para organizar no serrado, uma nova produção de cereais, além de escoar os cereais do Centro Oeste”, destacou Roberto Mangabeira.
A tarefa do ministro ao percorrer os estados da região Norte é assessorar o Governo Federal na construção de uma estratégia nacional. Mas antes de dizer o montante a ser empregado pelo governo, Mangabeira fala em conhecer as vontades dos estados para depois definir estratégias e pensar nos recursos. “Alguns desses elementos são inovações e tem custo zero. Mas existem outros onde há a necessidade de investimentos de recursos”.
A deputada estadual Mira Rocha (PTB) acompanhou a comitiva do ministro a Companhia Docas de Santana, formada, também, pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT) e pelo prefeito de Santana, Robson Rocha (PTB), além de técnicos do ministério, e dos governos estadual e municipal. Outros parlamentares acompanharam a visita técnica.
Eixo econômico
O ministro propôs cinco eixos para o desenvolvimento econômico-social do Amapá: repactuação da federação brasileira, o estado não deve ser tratado como território federal da União, e implica em pontos tributários e investimentos da iniciativa privada;
Retirar o Amapá do isolamento logístico; os incentivos a indústria florestal mineral e agropecuária, além da utilização da Zona Franca Verde para criar oportunidades de inovações tecnológicas; a educação básica.
Para a deputada estadual Mira Rocha o novo modelo de desenvolvimento econômico pensado pelo Governo Federal para a região, passa pela estruturação da Companhia Docas de Santana. A petebista entende a necessidade de estruturar o porto, e melhorar o eixo logístico para depois implantar novo paradigma de produção.
“Precisamos ser mais audaciosos, temos o porto, ótima posição geográfica e, todas as condições de atender outros centros do país; em 2013, movimentamos mais de nove milhões de toneladas e estamos mais próximos do mercado europeu se comparado a outros portos”, enfatiza Robson Rocha, prefeito de Santana.
“O ministro conhece profundamente as vocações do Amapá, da Amazônia e do país, nós temos inúmeras vocações, entre elas, o setor mineral, agricultura, a pesca, a certificação de madeira, onde estamos trabalhando para lançarmos ainda este ano o edital, agora todas essas questões seja de produção local ou de integração com a produção regional, até do Centro Oeste do Brasil, passa pela nossa infraestrutura portuária”, destaca o governador do Amapá, Waldez Góes.
Fórum dos Governadores da Amazônia
O Governo Federal iniciou a articulação para os governadores do Norte do país voltem a debater o interesse coletivo da região. “O Amapá tem compromisso com o movimento da Amazônia e a Amazônia tem uma coesão política maior do que qualquer outra região do país; o Fórum dos Governadores da Amazônia pode ser um instrumento privilegiado para colocar a Amazônia no topo da agenda nacional”, enfatiza o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
O governador Waldez Góes destacou a mobilização dos chefes dos executivos do Norte para reativar o grupo. Segundo o pedetista, provavelmente o encontro para a retomada dos embates sobre os interesses da Amazônia deve acontecer no dia 29 de maio, em Mato Grosso.
Assembleia legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – Decom
Direção – Cleber Barbosa | Texto: Emerson Renon | Foto: Emerson Renon
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