Em sessão realizada na manhã desta segunda-feira (11), foi aprovado o convite feito pelos membros da Comissão de Saúde (CAS) da Assembleia Legislativa, para que os diretores das três hidrelétricas construídas ao longo do rio Araguari, no município de Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, sejam ouvidos na comissão na próxima semana, dia 18.
O presidente da comissão, deputado Jaci Amanajás (PROS), disse que a medida visa ouvir os diretores das três hidrelétricas (Coracy Nunes, Ferreira Gomes Energia e Cachoeira Caldeirão), visando buscar respostas precisas sobre as causas da enchente na sede do município e as o atendimento médico as famílias atingidas pela enchente. “Além do problema de saúde, tem os prejuízos com danos psicológicos e financeiros”, frisou o deputado Jory Oeiras (PRB), sobre os danos ocorridos nos tanques de criação de peixes de um piscicultor. “A água invadiu os três tanques e carregou os peixes para o leito do rio”.
De acordo com o parlamentar em todas as cidades localizadas as proximidades de barragens hidrelétricas existem sirenes para alertar a população em casos de sinistros.
As primeiras informações sobre a causa da enchente, segundo relatos dos moradores, teria sido em função do rompimento da barragem na hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, construída na zona rural de Ferreira Gomes. Em nota, a empresa disse que, por conta da cheia do Rio Araguari, foi necessário abrir a ensecadeira (tipo de proteção destinada a facilitar projetos de construção em áreas normalmente submersas) para permitir a passagem das águas do rio, visando garantir a segurança das estruturas e comunidades ribeirinhas.
No entanto, as autoridades e os moradores não foram avisados antecipadamente dessa medida, o que teria provocado prejuízos inesperados à população e à cidade em geral. O deputado Paulo Lemos e demais parlamentares que foram ao local pedirão à empresa mais esclarecimentos sobre o ocorrido.
O problema poderia ter tomado proporções maiores, caso a empresa Ferreira Gomes Energia, que ficam às margens do Araguari, na sede do município, não abrisse suas comportas para dar vasão à água represada, em função também das fortes chuvas no local e após liberação do volume represado pela Cachoeira Caldeirão. Do contrário, dizem os parlamentares, o município de Ferreira Gomes correria o risco de fica submerso, de desaparecer do mapa.
Assembleia legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação – Decom
Direção – Cleber Barbosa | Texto: Everlando Mathias | Foto: Jaciguara Cruz
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