A presidência da Assembleia Legislativa do Amapá vai instalar a Comissão de Apuração e investigar os motivos de Ferreira Gomes, distante 130 quilômetros de Macapá, ter sido invadida pelas águas do Rio Araguari. A matéria, a ser apresentada em caráter de urgência na segunda-feira (11), é conjunta e foi proposta por seis parlamentares: Pedro da Lua (PSC), Antônio Furlan (PTB), Pastor Oliveira (PRB), Paulo Lemos (PSOL), Jory Oeiras e Edna Auzier (PROS).
A comissão deve ter 120 dias para concluir os trabalhos e pode ser prorrogada uma única vez pelo mesmo período. Logo após ser apreciada em plenário, a ideia dos deputados é formar a comissão, eleger o presidente e definir as primeiras pautas. O deputado Pedro da Lua, também presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, adiantou: vai convidar os diretores das três usinas para comparecem a Assembleia Legislativa e prestarem esclarecimentos.
O parlamentar desconfiou da nota emitida pela UHE Cachoeira Caldeirão. No documento, os técnicos negaram o rompimento da secadora e classificaram a vazão das águas do Rio Araguari como “procedimento controlado”.
“Ainda é cedo para qualquer tipo de acusação, vamos convidar os diretores das usinas e pedir esclarecimentos, mas alguns moradores nos procuraram e informaram sobre uma possível aceleração nos trabalhos, a medida seria para concluir a obra antes do prazo previsto e isso permitiria a empresa a comercializar energia antes mesmo do programado e se for verdade, esta ‘pressa’ pode ter resultado no rompimento da secadora e consequentemente a inundação da cidade”, conta Da Lua.
Na próxima segunda-feira (11), os deputados retornam a Ferreira Gomes e irão visitar a área onde pode ter ocorrido o suposto rompimento da secadora. “Nada de caça as bruxas, queremos apenas esclarecer os fatos, os moradores merecem saber o motivo da inundação e os representantes dos Poderes devem estar juntos e procurar alternativas para evitar novos incidentes nestas proporções no município”, disse Paulo Lemos.
Os parlamentares devem analisar os contratos entre as empresas com o Estado. “Nada está descartado, houve crime ambiental, os moradores acumularam prejuízos, o psicológico deles está afetado, ou seja, muito aconteceu em tão curto intervalo de tempo, temos de ser precisos em nossas ações e resolver a situação o quanto antes”, ressaltou o deputado Pastor Oliveira, também presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.
Assembleia Legislativa do Estado do
Amapá – ALAP
Nenhum comentário:
Postar um comentário