A Ação de Prevenção e Combate ao Escalpelamento nas Escolas Públicas que utilizam meios de transportes fluviais teve origem na Lei 1990/16, que é de autoria da deputada estadual Marilia Góes (PDT). A medida veio para promover políticas públicas e governamentais para combater o escalpelamento nos rios do Amapá, para conscientizar especialmente as mulheres que utilizam embarcações e alunas das escolas ribeirinhas.
A campanha foi realizada pela parlamentar durante a manhã desta quinta-feira, 01, na Escola Estadual Osvaldina Ferreira da Silva, na Ilha de Santana, e reuniu alunos de outras escolas ribeirinhas como: Escola Estadual Alberto Santos Dumont, Escola Nossa Senhora de Nazaré e Escola Levindo Alves. Cerca de 500 alunos participaram das atividades.
Durante o evento os alunos receberam informações sobre como prevenir e combater o escalpelamento. Eles também participaram de palestra sobre os casos e estatísticas de escalpelamentos nos rios da Amazônia, ministrada pela Marinha do Brasil, um dos parceiros da ação.
O escalpelamento é um acidente que ocorre quando o cabelo das mulheres enrola no eixo descoberto do motor das embarcações. Em muitos casos, além do cabelo, o couro cabeludo é arrancado. Não afeta somente o físico; o psicológico de uma pessoa que passou por esse trauma fica extremamente abalado. Episódios de depressão são comuns. Em muitos casos, devido a aparência, as mulheres ficam impossibilitadas de voltar ou ingressar no mercado de trabalho. O escalpelamento afeta a autoestima e a qualidade de vida das vítimas.
A deputada Marilia Góes anunciou que a ação de prevenção será levada para outras escolas em áreas ribeirinhas do Estado. “Prevenir e combater o escalpelamento é uma missão de todos, e por esse motivo decidi que precisamos orientar as mulheres e alunas que utilizam barcos para chegar às escolas. Sabemos que existem barcos de transporte escolar que oferecem total segurança aos alunos, mas eles também utilizam outras embarcações em horários que não estão na escola. Não basta só falar, então resolvi agir”, disse a parlamentar.
Além da Marinha do Brasil, o projeto teve apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBMA), Secretaria de Estado da Educação (Seed), Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims), Centro de Atendimento a Mulher e a Família (Camuf) de Macapá e Santana, Associação dos catraieiros do Município de Santana (ACMS) e Associação dos Pescadores do Amapá. “Precisamos acabar de uma vez por todas com esse acidente que mutila nossas meninas”, concluiu a Marilia Góes.
Imagens:
Assembleia Legislativa do Estado do Amapá
Gabinete da Deputada Estadual Marília Góes
Texto e fotos – Ascom
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