Para debater e apresentar estudo sobre o transporte fluvial de
passageiros na Amazônia, a Assembleia Legislativa do Amapá estará realizando no
próximo dia 31 de outubro uma audiência pública, de autoria do deputado
estadual Jorge Salomão (DEM) com autoridades e representantes do setor, para
discutir questões relativas ao transporte fluvial do Amapá e região amazônica.
“Convoquei essa audiência para discutirmos o tema e uma formulação de políticas
públicas voltadas ao desenvolvimento e ao fomento da navegação fluvial em nosso
Estado”, defende Jorge Salomão, afirmando que a maior dificuldade para a
movimentação de passageiros é um transporte regular e rápido que atenda a
padrões de serviço adequado. As viagens, em algumas linhas, são estabelecidas
conforme o interesse do armador, pois ele só realiza viagens se houver carga
que torne a viagem rentável. A maioria das linhas da Amazônia ainda é servida
por embarcações de tecnologias ultrapassadas e em muitos casos construídas em
madeira ou em aço com idades superiores a dezenas de anos.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq), de acordo com o
parlamentar, realizou um estudo na Região Amazônica onde apontou que o Amazonas
é o único estado da Região Norte que não possui transporte fluvial
regulamentado. O resultado deste levantamento será apresentado e discutido
durante a audiência, onde terá também a participação de vários representantes
de entidades ligados ao setor, ressaltou.
O estudo mostra a demanda e a oferta de passageiros e cargas, os
portos e terminais, linhas e embarcações, assim como, o perfil socioeconômico
dos passageiros que circulam na região norte. A área de abrangência dos estudos
compreendeu a região Amazônica, com foco nas principais Unidades da Federação
geradoras de fluxo fluvial, quais sejam: Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia; tais
estados sediam uma parcela representativa de empresas que atuam no setor.
De acordo com o estudo da Antaq no Estado do Amapá foram levantados
onze terminais, neste universo verificaram-se percentuais de ocorrências de
itens de atendimento muito baixos. Teoricamente não existem condições desses
portos operarem com passageiros, mas essa é uma realidade de atendimento à
população.
O terminal que apresentou melhor atendimento foi o porto do Grego em
Santana (AP) que atende a linha Macapá-Belém, apresentando um índice abaixo do
esperado, indicando que medidas corretivas e adaptativas precisam ser
implementadas para adotar a linha de um terminal adequado às funções de
embarque e desembarque de passageiros. A localidade de Laranjal do Jari, no
Estado do Amapá, apresentou a maior carência em equipamentos destinados à
operação com passageiros.
A maior dificuldade para a movimentação de passageiros da Amazônia é
um transporte regular e rápido que atenda a padrões de serviço adequados,
revela estudo. A pesquisa revela movimentação de 8,8 milhões de passageiros por
ano. De acordo com o levantamento, a estimativa para 2022 é que a movimentação
da demanda de passageiros aumente em cerca de 12%, em relação a 2012, chegando
a 9,9 milhões de passageiros por ano, na região. Grande parte dos habitantes do
interior da Amazônia utiliza a modalidade de transporte por rios e afluentes.
Assembleia
legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento
de Comunicação – Decom
Direção do Decom –
Cleber Barbosa
Texto:
Everlando Mathias | Foto: Jaciguara Cruz
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