Tema que tem
ganhado cada vez mais peso em discussões do poder público, a cadeia produtiva
do carnaval foi alvo de uma grande audiência publica no plenário da Assembleia
Legislativa do Amapá (ALAP), na manhã nesta sexta-feira (27). Deputados,
empresários, gestores públicos, economistas, representantes das escolas de
samba do Amapá e blocos carnavalescos discutiram por quase cinco horas sobre o
carnaval como economia produtiva. A meta é entender de forma mais clara os
impactos que o carnaval causa não só no turismo como também na cultura e
comércio local e debater as perspectivas que o Amapá pode ter no que tange a
geração de emprego e renda, além da contribuição para a criação de programas
que fomentem a economia do carnaval amapaense.
Segundo
informações do Ministério do Turismo, este ano o carnaval atraiu 6,2 milhões de
turistas, movimentou mais de R$ 5 bilhões e contribuiu cerca de US$ 1,3 bilhão
com exportações durante os meses que antecedem o evento e, principalmente, na
quadra carnavalesca.
Após a
execução do hino Nacional interpretado pelos músicos Ademir Junior e Gabriel
Barbosa, em ritmo de chorinho o proponente da audiência pública, deputado
estadual Zé Luiz (PT) fez um discurso de agradecimento à mesa e aos
representantes das agremiações da cidade. “Esse espaço é valioso para ampliar o
debate sobre a importância do Carnaval como cultura e geração de trabalho e
renda”, destacou, enfatizando que o carnaval é uma das principais festas
populares do Brasil e a maior do Amapá, podendo agregar novos produtos e
atrativos que geram fluxo turístico para a cidade de Macapá, onde se concentram
os principais eventos da nossa quadra carnavalesca, transformando o carnaval em
produto turístico, capaz de encantar turistas e gerar emprego e renda durante
todo o ano para os envolvidos com a festa.
O secretario
de Turismo de Macapá, historiador e ex-coordenador de Cultura do município,
Raimundo Sérgio Moreira Lemos, agradeceu a oportunidade de poder construir
alternativas e proposta onde a prefeitura de Macapá possa oportunizar de forma
sustentável e capaz e, principalmente com responsabilidade viabilizar o
carnaval do Estado do Amapá, em especial da cidade de Macapá. O secretario
municipal de Desenvolvimento Econômico, José dos Santos Oliveira. “Queremos
contribuir com esse processo de ampliação de discussão, do processo de
crescimento e operacionalização do carnaval do Estado. A Prefeitura de Macapá
vem se mobilizando com suas diversas instituições e instancias administrativas
para que possamos contribuir no debate e na construção de uma proposta de apoio
e incentivo a essa manifestação popular cultural do nosso Estado”.
A presidente
municipal de cultura, Marcia Pinheiro Correa, agradeceu o convite e informou
que no inicio de deste ano a Prefeitura de Macapá disse que por entender que o
carnaval precisa ser visto pelo víeis da importância econômica e da importância
turística, a prefeitura decidiu transferir a execução do carnaval que cabia a
prefeitura para o setor de turismo.
O secretario
estadual da Cultura, Luiz Amaral Pingarilho, colocou que este ano o Governo do
Estado através da secretaria de Cultura, tem um grande desafio contribuir e garantir
um grande carnaval para o próximo ano.
A deputada
federal Dalva Figueiredo (PT), parceira na realização do debate, frisou
que carnaval é uma atividade importante
culturalmente e como fomentador da economia no Estado. A parlamentar criticou a
atitude do Ministério da Cultura (MinC), quanto a politica de liberação de R$ 1.400
mi de emendas parlamentares para a cultura. Ela frisou que por diversas vezes
tentou a liberação de verbas mais pararam na burocracia. Dalva Figueiredo disse
que será produzido uma cartilha com resultado dos temas que foram discutidos na
audiência pública.
O especialista
no assunto, assessor da Indústria Cultural da Secretaria de Desenvolvimento do
Rio de Janeiro e coordenador geral da pesquisa “A cadeia produtiva do
carnaval”, o economista Luiz Carlos Prestes Filho, foi o primeiro a palestrar e
falou que deve haver planejamento para usar a festa carnavalesca como fonte de
renda. “Não há mais espaço para que uma atividade tão importante para a
economia do país seja gerida sem imaginá-la como uma atividade de
responsabilidade social e empresarial”, diz Prestes.
O seguindo a
palestrar foi o jornalista e publicitário do Rio de Janeiro, que atualmente,
desenvolve um importante projeto de resgate da cultura do carnaval carioca, com
a gravação em áudio visual de depoimentos de personagens que fizeram e fazem o carnaval
da cidade maravilhosa. A audiência teve a participação dos presidentes das
Escolas de Samba da capital, da comunidade carnavalesca e público em geral.
Assembleia
legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento
de Comunicação – Decom
Direção –
Cleber Barbosa
Texto:
Everlando Mathias
Foto: Gerson
Barbosa
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